Viciados Anônimos
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Fernando (Retorno)

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Fernando (Retorno) - Página 3 Empty Re: Fernando (Retorno)

Mensagem  flavio2017df Qua Mar 01, 2017 4:53 am

Fernando, amigo, não deixe que a PMO influencie em suas decisões ou no seu humor. Eu sinto também ressentimento das pessoas, mas percebo que muitas vezes isso é comigo. Minha falta de amor próprio. Claro, que as pessoas não são santas, mas também não somos, logo antes de agir impulsivamente, recobre o caminho do reboot, pois conosco podemos fazer reboot, com as pessoas o reboot é mais difícil...

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Mensagem  Fernando1500 Qua Mar 01, 2017 6:42 pm

Oi Éder, oi Flávio.

Antes de qualquer coisa, gostaria de citar aqui um trecho que o Éder escreveu no tópico do Flávio “recaí e mudei apelido “.

“Quando pensamos em parar com determinado pensamento nós o alimentamos pois estamos pensando nele, mesmo que seja no intuito de eliminá-lo, porém quando o ignoramos ele não pode mais habitar nossa mente porque nos recusamos a pensar nele tanto negativamente quanto positivamente, só ignoramos!”

Gosto muito de estudar a respeito do pensamento justamente por me sentir impotente diante dele. EU me torno refém de alguns pensamentos, sejam eles bons ou maus. Ainda que eu tenha um pensamento bom, posso ficar obcecado por ele. E já estou convicto, depois de tudo o que acontece comigo e leio a respeito, de que o vício começa pelo pensamento. Quando começo a ter uma ereção, às vezes em locais inóspitos, já consigo fazer uma regressão mental e saber onde começou. Mas ainda me sinto escravo. Os pensamentos para mim são como laços que o vaqueiro joga para agarrar os bois.. de repente vem um deles e to preso, e muitas vezes é um pensamento sexual. A frase do Éder que citei acima é muito rica e parece ser muito boa de se colocar em prática. Muitas vezes ja me peguei pensando no meu próprio problema e repetindo para mim “como a pornografia é ruim, como já sei que me faz mal” e de repente estou justamente tragado por ela e caio na masturbação (no momento sem os vídeos). Cada vez mais percebo que se minha mente ficar na retórica (pego ou não pego em P? - Será que vou M hoje?).. quanto mais eu fazer isso, maior a chance de recair seja em PMO ou só em M. Alguma coisa nessa vida é necessária para que eu possa me ocupar, ter paixão e não precisar ficar repetidamente pensando negativamente a respeito de P. É uma grande cilada. Pensamento obsessivo é para ser ignorado justamente porque ele é chato e faz mal. Já estudei também que a ereção acontece diante de uma ordem que vem do cérebro, e sei que meu cérebro está em desordem e minhas emoções também. Não adiante então eu saber que a pornografia faz mal, pior ainda se eu ficar pensando muito nisso, porque vou recorrer a ela no final das contas. Deve haver uma conduta certeira para que possa me levar a algum lugar, onde eu não precise ficar com medo disso ou daquilo.

Éder, hoje, fiquei refletindo até onde cheguei. Não consegui passar para um cargo top, mas possuo um salário digno. Por dois anos que fiquei estudando, sonhava em ser servidor público, estar onde estou. Mas embora um sonho seja realizado, a vida continua a trazer suas demandas e a principal delas ela me cobrou: a minha conduta comigo mesmo. Depois que eu passei para o cargo atual, tentei estudar para concursos mais top´s , mas tive muita dificuldade. E sei o porque. Nos dois anos que estudei para concursos não estava me importando muito com pornografia. Todos os finais de semana ia para boates e eventualmente ficava com um desconhecido ou acabava mesmo fazendo sexo. Digo a vocês, que, pelo menos para mim, fazer sexo de forma aleatória, sem cuidar dos sentimentos pode ser tão ruim quanto olhar para uma tela. Me lembro uma vez que sai com um cara, nem sentia atração por ele, e me sentia como um robô tendo que fazer coisas, como se eu fosse obrigado a fazer aquilo. Hoje eu vejo o absurdo disso. Então, passei esses dois anos estudando sem me preocupar com meu lado afetivo e vendo pornografia de forma automática (todos os dias, quando chegava em casa.. era lei). Isso me trouxe grande prejuízos, embora eu tenha conseguido passar no concurso. Como eu não trabalhava jogava muito video -game também. Então, eu era como um viciado em ritalina, estudando para concursos.

Tenho pensado em estudar para o TRE-RJ uma vez que as matérias são quase todas do meu agrado, mas quero optar em estudar mais pelos livros e usar a net apenas para exercícios. E também tem um tempo que não estudo, então posso estar desatualizado. Espero, Éder, que continue com sua determinação… é necessário ter um estudo diário, com raras folgas. Se ficar um tempo muito grande sem estudar, perde o ritmo e a parada é pauleira mesmo. Mas é possível.

Sinto que preciso retirar o máximo possível de elementos tecnológicos do meu quarto e fazer coisas mais manuais. Até comecei a fazer caça palavras, mas acabei perdendo a paciência. Já fico aqui planejando voltar a jogar videogame, mas é foda.. sei muito bem com a prostração diante da tela me faz, ainda mais sozinho dentro do quarto. Já ouvi por aqui que não é uma boa, os games.

Oi Flávio. Sim… estou pesquisando e tentando entender porque me ressinto tão fácil. Eu, um cara com nível superior, passei num concurso, às vezes, internamente, começo a me portar como uma criança emburrada. Amigo, nossa inteligência nada tem a ver com nossas emoções. Hoje eu sei que adquirir conhecimento não traz sabedoria, traz apenas conhecimento. Eu gosto muito não apenas do que escreve, mas como escreve. Sempre um cara presente, sincero. Sei que é tudo virtual, mas espiritualmente estamos juntos. O Éder também, sempre presente…

Obrigado a vocês e uma boa noite.
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Mensagem  Fernando1500 Qui Mar 02, 2017 10:12 pm

Foi um dia bastante e mais uma vez estou tendo que enfrentar um alto pico de ansiedade que tive durante o dia. Tenho percebido que as minhas pequenas atitudes no dia a dia é que vão determinar minhas recaídas e no trabalho ainda não consigo ficar relaxado. Recebi um chamado urgente e a pessoa que deu a notícia usou um pouco de covardia e isso me deixou ansioso demais para solucionar o problema. Fiz tudo o que tinha que ser feito e ainda assim parecia que tinha que fazer mais. Fico numa cobrança de mim mesmo. Estou há mais de 50 dias sem P, embora esteja deslizando na M sem P. E essas deslizadas tem que me deixado bem mal.

NA academia hoje, vejo claramente como minha mente está repleta de imagens ainda e tendente a sexualizar tudo. Fiquei olhando o que um cara fazia e imediatamente me veio uma imagem antiga de um filme porno que assistia quando bem mais jovem. Caros, não quero ficar reclamando, apenas estou relatando acontecimentos para que vocês possam ler e quem sabe se identificar, afinal de contas, muitas coisas eu me identifiquei lendo seus problemas. Vejo que o meu problema com ansiedade é uma coisa e o vício é outra, embora se inter-relacionem e um potencialize o outro. Ja conversei com pessoas que tem compulsão sexual , mas em outras áreas não são tão ansiosos assim. Além disso, eu tenho transtorno bipolar. Então preciso ver as coisas separadamente, senão entro em desespero.



AS vezes consigo sim ver um futuro promissor para mim. Tenho muita dedicação pelo trabalho, sou um cara confiável e honesto (sem modéstias). Apenas reconheço isso. Por outro lado, sou acomodado e preguiçoso.


Amanhã vou ao terapeuta, é um bom profissional. Em relação À crise de ansiedade, ela está intimamente ligada à masturbação, mesmo sem P. Ela ativa emocionalmente os meus estados anteriores. Preciso ficar atento aos meus passos, dia a dia. O mundo lá fora tem uma demanda muito neurótica. E o centro tem que estar em mim.

Boa noite.
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Mensagem  Eder Sex Mar 03, 2017 8:42 pm

Fernando1500 escreveu:Foi um dia bastante e mais uma vez estou tendo que enfrentar um alto pico de ansiedade que tive durante o dia. Tenho percebido que as minhas pequenas atitudes no dia a dia é que vão determinar minhas recaídas e no trabalho ainda não consigo ficar relaxado. Recebi um chamado urgente e a pessoa que deu a notícia usou um pouco de covardia e isso me deixou ansioso demais para solucionar o problema. Fiz tudo o que tinha que ser feito e ainda assim parecia que tinha que fazer mais. Fico numa cobrança de mim mesmo. Estou há mais de 50 dias sem P, embora esteja deslizando na M sem P. E essas deslizadas tem que me deixado bem mal.

NA academia hoje, vejo claramente como minha mente está repleta de imagens ainda e tendente a sexualizar tudo. Fiquei olhando o que um cara fazia e imediatamente me veio uma imagem antiga de um filme porno que assistia quando bem mais jovem. Caros, não quero ficar reclamando, apenas estou relatando acontecimentos para que vocês possam ler e quem sabe se identificar, afinal de contas, muitas coisas eu me identifiquei lendo  seus problemas. Vejo que o meu problema com ansiedade é uma coisa e o vício é outra, embora se inter-relacionem e um potencialize o outro. Ja conversei com pessoas que tem compulsão sexual , mas em outras áreas não são tão ansiosos assim. Além disso, eu tenho transtorno bipolar. Então preciso ver as coisas separadamente, senão entro em desespero.



AS vezes consigo sim ver um futuro promissor para mim. Tenho muita dedicação pelo trabalho, sou um cara confiável e honesto (sem modéstias). Apenas reconheço isso. Por outro lado, sou acomodado e preguiçoso.


Amanhã vou ao terapeuta, é um bom profissional. Em relação À crise de ansiedade, ela está intimamente ligada à masturbação, mesmo sem P. Ela ativa emocionalmente os meus estados anteriores. Preciso ficar atento aos meus passos, dia a dia. O mundo lá fora tem uma demanda muito  neurótica. E o centro tem que estar em mim.

Boa noite.
Oi Fernando li o primeiro texto no dia em que você postou mas não pude responder (sem tempo) e ontem escrevi rapidamente para um novo reboot do fórum, enfim sobre o primeiro texto obrigado pelo breve auxilio que você me deu resumindo sua experiência de concurseiro e pelo conselho!

Sobre o segundo texto:
Fernando, não se desculpe ao relatar o que você sente quando ver outra pessoa que lhe atrai, pois isso auxilia um reboot inexperiente a perceber que coisas semelhantes acontecem com ele (a).

Sobre sua ansiedade, por minha experiência pessoal e pelas dezenas de relato que li nesse um ano na luta, conclui que pelo menos 80% da ansiedade  provém do vicio! O transtorno bipolar também está relacionado.

Cara, se possível elimine a M progressivamente!

Sobre o futuro promissor que você mencionou, brother você tem uma mente brilhante; uma capacidade de redigir e expor ideias incrível, somando isso aos atributos que você descreveu; honestidade, confiabilidade; dedicação... Sim só depende de você chegar aonde deseja.

Enfim, espero que tenha ocorrido tudo bem com seu terapeuta.

Deus te abençoe borther.
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Mensagem  flavio2017df Sex Mar 03, 2017 11:29 pm

Essa questão sexual, é problemática. E, pior, afeta nosso equilíbrio nos transformando em neuróticos, irritados e para uns, mais gravemente, com sérios desvios sexuais - tarados. Fernando, não se deixe resumir com essa ou aquela característica devido ao excesso de preocupação sexual, talvez, com a diminuição desse foco mental, você descubra uma paz interior que existe em você. Sei disso porque à medida que consigo vencer esse vício, percebo em mim, qualidades adormecidas, inexploradas. São sensações que vou descobrindo com a abstinência. Evidentemente, não quero afirmar que o motivo de todos os problemas são a PMO, mas com certeza que ela contribui para nosso fracasso, tenho convicção disso.

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Mensagem  Fernando1500 Dom Mar 05, 2017 9:07 pm

Fala Éder, Fala Flávio

Éder, po… muito obrigado cara pelas palavras. Foram sinceras e chega em mim com muita alegria. Pois é, realmente eu fico me desculpando porque as vezes acho que estou reclamando muito, mas sei que isso faz mesmo, você tem razão. Quantos posts eu li aqui no fórum de pessoas relatando diversos problemas e eu consegui me identificar com vários. Fico na esperança de que muitas pessoas possam ler o que escrevo e se identificar. A cura está nas partilhas, na troca.

De fato, estou a tentar tirar a masturbação mesmo. Passei bem melhor esse fim de semana depois de uma crise de ansiedade que passei durante a semana. Felizmente, eu consegui finalizar um assunto no trabalho que estava me preocupando muito. Meu terapeuta disse que eu costumo ficar muito ansioso em situações do dia a dia que não precisavam de tanta preocupação, mas que eu acabei tendo uma finalização positiva, resolvendo um pepino sério no serviço que envolvia, inclusive a vida de um paciente. Acho que vou ter que ter paciência ainda com esse meu lado porque ele não vai sair de uma hora para outra.

Já tem uns três que não me masturbo e estou ser ver pornografia há dois meses. Não quero comemorar nada, mas acho que ao menos estou colhendo algum esforço que tenho tido nesses últimos dias, e uma das coisas que me ajudou foi ter iniciado um novo ciclo de escrita aqui no fórum e você e o Flávio tem sido fundamentais nisso.

Flávio, a abstinência, ainda que por pouco tempo, tem efeitos incríveis. Acho que muitos aqui no fórum sabem disso. Embora seja renovador, é preciso ter cuidado com a empolgação. Eu pelo menos, quando estava em abstinência, sentia como se eu fosse o super-homem e que poderia acabar com todos os problemas. Mas não é assim. A serenidade é o caminho mais correto, embora seja difícil conseguir algum equilíbrio já que somos, por natureza, ansiosos demais. Sei que as crises que estou tendo são fruto da retirada da pornografia. Hoje mesmo senti muita dor de cabeça que custou a passar.

Creio que devo conduzir a minha vida para novos rumos e objetivos. Mas por enquanto, alguma coisa me diz apenas para eu sentir exatamente como estou, e me conhecer. Já tive algumas experiências de traçar certos objetivos e acabei me dando mal. Na verdade, estava em fuga. Então... preciso colocar bem os pés no chão, porque sei, que enquanto viciado em fantasia, me projeto muito à frente e não fico nem lá nem aqui.

Obrigado Fernando por ter elogiado minha forma de escrever. Tenho muita vontade de fazer um curso de roteiro para cinema. Escrevi uns contos e um grupo me elogiou muito. Não sei se um dia vou levar isso a sério. Por enquanto, preciso aprender a ficar calmo comigo mesmo.

Abraços.
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Fernando (Retorno) - Página 3 Empty Sobre as emoções e 6 dias sem PMO

Mensagem  Fernando1500 Ter Mar 07, 2017 10:10 pm

Caros, tentarei ser mais sincero hoje. Estou há 6 dias sem PMO e 58 dias sem P. A impressão do dia que tive hoje é que tripas emocionais saem de mim. Passei o dia numa fixação enorme para me masturbar. Sei que essa vontade é puro fruto da ansiedade. Minha mente, inclusive, através de uma ordem, projeta a maneira como devo me masturbar, apenas para satisfazer uma fantasia minha. Até o momento eu não cedi. Num movimento inédito, sentei o sofá e comecei a ler um livro policial que já estava terminando. Fiquei ali até o fim e a vontade foi passando. Logo depois, apenas tinha que me arrumar para ir à academia. Ainda deu um pouco de vontade de Masturbação, mas simplesmente segui reto.

Na academia, depois de ter feito os exercícios, senti que estava com mais desenvoltura e troquei umas ideias com o pessoal. Estava me sentindo bem, bem por estar ali com eles, saindo da clausura mental que eu mesmo construo para mim. E, eu tenho certeza de que não teria feito esse movimento caso eu tivesse me masturbado. Estaria aflito e cada vez mais confinado.

Preciso partilhar aqui também minhas condições no trabalho. Devido a problemas internos, vou descobrindo coisas de pessoas que conheço há muito tempo, e me ressinto de muitas coisas. Parece que existe um botão no automático que faz com que eu me magoe com muita facilidade e fique guardando na memória os atos que ocorreram. Depois de um dia de trabalho, fico com a impressão que poderia ter surtado ao qualquer momento. EM casa, dá vontade de me masturbar para aliviar o estresse. Hoje, quase o fiz mas sei que se fizer, todos esses ressentimentos vão continuar dentro de mim, mas apenas anestesiados. Sei que, na verdade, eu sou uma pessoa com muita dificuldade de lidar com as nuances das pessoas e com as nuances de minhas próprias emoções. É como se eu estivesse à mercê de um mar revolto, em tempestade e eu segurando um pedaço de madeira sendo jogado para lá e cá. Claro que hoje estou mais maduro, mas ainda sim por dentro, fico assim e parece que meu peito vai explodir.

Escrevo tudo isso, parecendo palavras bonitas, para ilustrar o contexto no qual eu me masturbo. Por isso acho a masturbação uma farsa. Ela não é mais fruto de uma curiosidade de explorar a sexualidade juvenil, mas um misto de ansiedade e medo, a consequência de uma frustrada busca por afeto. Pois por muitos anos busquei afeto em lugares errados, indo sozinho em boates, flertando loucamente ou passando horas em bate papo de sexo, certo de que encontraria alguém para suprir as carências emocionais.

Hoje foi um dia atípico pois senti desenvoltura em conversar com as pessoas da academia. No trabalho, dei um limite para minha chefe que é uma pessoa desorientada e que grita muito. E esse limite não posso dar odiando ela, com raiva. Eu tenho muita facilidade para sentir raiva do comportamento alheio. Ao mesmo tempo, não posso deixar que tais comportamentos interfiram no meu trabalho, porque gosto de trabalhar e sinto que é necessário eu aprofundar no objeto do meu trabalho, porque sei que ela mesma não o faz.


Amanhã é um novo dia e não posso ter certeza de nada. Não é apenas porque o reboot diz. Eu sei que a masturbação, mesmo sem a P, pode se prejudicial para mim. Algo me diz que tenho que aguentar essa dor, essa raiva, esses medos. Ninguém sabe de tudo isso que estou sentindo, apenas eu sei… me preocupo muitas vezes com vergonha achando que alguém está sabendo o que acontece comigo. Alguém, às vezes, sussurra ao meu ouvido e pede paciência dizendo que a dor será necessária e basta eu seguir fazendo o justo.

Abraços.
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Mensagem  Eder Qua Mar 08, 2017 8:17 pm

Fernando1500 escreveu:Caros, tentarei ser mais sincero hoje. Estou há 6 dias sem PMO e 58 dias sem P. A impressão do dia que tive hoje é que tripas emocionais saem de mim. Passei o dia numa fixação enorme para me masturbar. Sei que essa vontade é puro fruto da ansiedade. Minha mente, inclusive, através de uma ordem,  projeta a maneira como devo me masturbar, apenas para satisfazer uma fantasia minha. Até o momento eu não cedi. Num movimento inédito, sentei o sofá e comecei a ler um livro policial que já estava terminando. Fiquei ali até o fim e a vontade foi passando. Logo depois, apenas tinha que me arrumar para ir à academia. Ainda deu um pouco de vontade de Masturbação, mas simplesmente segui reto.

Na academia, depois de ter feito os exercícios, senti que estava com mais desenvoltura e troquei umas ideias com o pessoal. Estava me sentindo bem, bem por estar ali com eles, saindo da clausura mental que eu mesmo construo para mim. E, eu tenho certeza de que não teria feito esse movimento caso eu tivesse me masturbado. Estaria aflito e cada vez mais confinado.

Preciso partilhar aqui também minhas condições no trabalho. Devido a problemas internos, vou descobrindo coisas de pessoas que conheço há muito tempo, e me ressinto de muitas coisas. Parece que existe um botão no automático que faz com que eu me magoe com muita facilidade e fique guardando na memória os atos que ocorreram. Depois de um dia de trabalho, fico com a impressão que poderia ter surtado ao qualquer momento. EM casa, dá vontade de me masturbar para aliviar o estresse. Hoje, quase o fiz mas sei que se fizer, todos esses ressentimentos vão continuar dentro de mim, mas apenas anestesiados. Sei que, na verdade, eu sou uma pessoa com muita dificuldade de lidar com as nuances das pessoas e com as nuances de minhas próprias emoções. É como se eu estivesse à mercê de um mar revolto, em tempestade e eu segurando um pedaço de madeira sendo jogado para lá e cá. Claro que hoje estou mais maduro, mas ainda sim por dentro, fico assim e parece que meu peito vai explodir.

Escrevo tudo isso, parecendo palavras bonitas, para ilustrar o contexto no qual eu me masturbo. Por isso acho a masturbação uma farsa. Ela não é mais fruto de uma curiosidade de explorar a sexualidade juvenil, mas um misto de ansiedade e medo, a consequência de uma frustrada busca por afeto. Pois por muitos anos busquei afeto em lugares errados, indo sozinho em boates, flertando loucamente ou passando horas em bate papo de sexo, certo de que encontraria alguém para suprir as carências emocionais.

Hoje foi um dia atípico pois senti desenvoltura em conversar com as pessoas da academia. No trabalho, dei um limite para minha chefe que é uma pessoa desorientada e que grita muito. E esse limite não posso dar odiando ela, com raiva. Eu tenho muita facilidade para sentir raiva do comportamento alheio. Ao mesmo tempo, não posso deixar que tais comportamentos interfiram no meu trabalho, porque gosto de trabalhar e sinto que é necessário eu aprofundar no objeto do meu trabalho, porque sei que ela mesma não o faz.


Amanhã é um novo dia e não posso ter certeza de nada. Não é apenas porque o reboot diz. Eu sei que a masturbação, mesmo sem a P, pode se prejudicial para mim. Algo me diz que tenho que aguentar essa dor, essa raiva, esses medos. Ninguém sabe de tudo isso que estou sentindo, apenas eu sei… me preocupo muitas vezes com vergonha achando que alguém está sabendo o que acontece comigo. Alguém, às vezes, sussurra ao meu ouvido e pede paciência dizendo que a dor será necessária e basta eu seguir fazendo o justo.

Abraços.  
Sua iniciativa contra a M é excelente Fernando. Tente se manter firme no decorrer dos próximos dias, mas não se cobre, apenas seja flexível e paciente, geralmente para nos livrarmos do vicio da M temos muitos sintomas físicos (desagradáveis) no decorrer dos primeiros 21 dias. Parabéns pelos 58/6 dias limpo da PMO o mérito é todo seu!

Achei bastante animador sua postura diante do pessoal da academia! A socialização é uma atividade essencial tanto para o reboot quanto para a vida pessoal continue assim, também sempre que possível vá passear em lugares que você goste com algum amigo (a).

Aquela parte do texto em que você fala sobre ter buscado afeto para suprir as carências emocionais é uma realidade.
A carência despersonaliza a pessoa, fazendo com que a mesma desesperada por atenção deixe de lado sua personalidade para se submeter ao capricho alheio em troca de migalhas de atenção...
Aqui a frese: Primeiro seja feliz sozinho para depois buscar alguém que mereça sua atenção, amizade, tempo... Se encaixa perfeitamente.

Enfim, segue firme Fernando.
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Fernando (Retorno) - Página 3 Empty Depois de 9 dias sem PMO...

Mensagem  Fernando1500 Sex Mar 10, 2017 7:48 pm

Valeu Éder. Obrigado mais uma vez pelas palavras. Depois te respondo com calma.

Agora gostaria de colocar um pouco de desabafo. O melhor é vir aqui escrever antes de deixar a coisa acontecer né, mas não foi possível. Estou no psiquiatra toda semana tratando da minha neurose que é muito grande e que me causa muito ansiedade e angústia. Estou sem pornografia há dois meses mas não consigo sustentar ainda a abstinência na masturbação. Dessa vez fiquei 9 dias sem PMO. Claro que eu dei um mole pois fui jogar videogame, deveria ter largado. Vejo que se eu ficar muito tempo no game começo a sentir tédio e do tédio começa a vir a vontade. É tão ruim ficar no conflito do “vou ou não vou’ me masturbar. Estou aqui agora, tentando me acalmar e me perdoar até porque venho segurando uma barra muito grande com a ansiedade e ao menos estou firme com a ausência da pornografia e não veio ainda uma vontade forte de pegar nela, talvez isso se dá porque estou com os bloqueadores. Mas, mesmo com eles, sabemos que viciados que somos, a gente dá um jeito.

Eu vejo que tudo o que passo na verdade é a grande dificuldade que tenho com a minha própria vida. As vezes penso se não estou me martirizando muito, tem muita gente fazendo merda por aí e está absolutamente bem. Mas não adianta reclamar né.. o fato é que já identifiquei que isso é um atraso na mina vida. Quando terminei de me masturbar, a primeira coisa que veio na minha mente foi “putz, pra que?”. Até porque, eu sinto um ordem dentro de mim dizendo que tenho de me masturbar de uma determinada maneira. E, é ridículo. Mas não é ridículo porque estou me julgando moralmente, mas é porque eu tenho que fazer dessa forma e pronto acabou, como se meu prazer dependesse do que essa voz de ordem fala. Na terapia hoje, estou identificando que essa voz de ordem é justamente a maneira como eu vivo frente às pessoas, tomando pouca iniciativa e esperando sempre que as circunstâncias ditem a ordem para mim. Ver pornografia sempre realçou a minha incapacidade e passividade diante dos outros. E agora, ainda que sem P, essa voz ainda ecoa dentro de mim e quer tirar a “rapa” a panela, para me esgotar um pouco mais. Mas, essa voz sabe que estou mudando e que tenho já me colocado de forma ativa na vida em alguns aspectos, que estou tomando decisões importante e autônomas no meu trabalho e também diante dos meus pais. Vejo que é até natural que ela ainda grite e me perturbe.

Quero viver caros, embora hoje eu tenha levado mais uma porrada. Preciso, agora, começar de novo a evitar a paranoia, as preocupações. Será que a maioria das pessoas usam o sexo para descarregar as raivas? Me pergunto isso, porque quando me masturbo é exatamente isso que acontece.

Obrigado a todos e uma boa noite.
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Fernando (Retorno) - Página 3 Empty Re: Fernando (Retorno)

Mensagem  flavio2017df Sáb Mar 11, 2017 5:08 am

Fernando, isso de usar a PMO para afogar frustração já aconteceu comigo. O problema é depois: mais frustração. Já pensou em atividades filantrópicas? Não que eu faça, foram poucas vezes, mas me deu muita satisfação em ajudar, bem como em refletir sobre a dificuldade de outras pessoas. É uma sugestão.

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Mensagem  Fernando1500 Sáb Mar 11, 2017 8:37 am

Oi Flávio. Valeu. Penso sim sobre isso. Também já participei de algumas coisas, já ajudei uma senhora minha vizinha já falecida. O caso dela era bem complicado. E até o ano passado trabalhava na tesouraria e recepção de um casa espírita. Saí de lá porque já estava cansado mesmo e queria fazer outras coisas. Tenho uma certa ressalva em participar de trabalhos assim porque de alguma forma você fica condicionado Àquela instituição específica, muitas vezes sem muito poder de voz em algumas coisas. Eu reparava por exemplo, que, embora eles tivessem um programa mensal de entrega de cestas básicas para famílias pobres, quando, aleatoriamente, aparecia alguém de rua na porta da casa espírita, eles tratavam essas pessoas de uma forma rude, enxotando-os feito pombos. Isso me irritava muito. De que adiante se fazer de "caridoso" e não saber lidar com a eventualidade, de uma pessoa que chega as vezes agressiva.

Essa questão da filantropia, penso eu, está no dia a dia, em tentar tratar bem as pessoas, e não, necessariamente, participar de um evento específico. Sei que você não falou sobre isso, estou divagando apenas.

Depois de ter ajudado essa senhora, tenho vontade de ver mais de perto as pessoas de mais idade, que muitas vezes sofrem de uma neurose combinada com solidão, pois muitas vezes tiveram uma vida muito voltada em agradar demais as pessoas.

Digo tudo isso, mas no fundo, eu vejo que o caminho está na empatia e na ajuda ao próximo, mas para isso, é necessário que tenhamos um processo sincero de auto conhecimento para não confundir 'ajudar o próximo" com apenas o exercício de uma vaidade. Dar comida para podre é muito fácil, o difícil, pelos menos para alguma pessoas que conheço, é conviver com eles, poder olhar para eles em qualquer momento do dia, e reconhecê-los que eles são tão humanos quanto nós.
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Mensagem  flavio2017df Dom Mar 12, 2017 6:21 am

É desagradável perceber a falta de coerência de certas pessoas, compreendo sua decepção. Que bom que já percebeu as vantagens da caridade.

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Mensagem  Eder Seg Mar 13, 2017 7:57 pm

Oi Fernando, passando para desejar um bom começo de semana para você brother.
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Mensagem  Fênix Ter Mar 14, 2017 9:42 am

Passando aqui pra lhe desejar muita força Fernando! Continue ajudando as pessoas, isso faz bem não só pra quem recebe a ajuda, mas tbm para nós mesmos, cada vez q acendemos uma vela pra alguém, iluminamos nosso próprio caminho. Um grande abraço, fique com Deus, estamos contigo amigo!
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Mensagem  Fernando1500 Ter Mar 14, 2017 11:24 pm

Olá Éder e Fênix

Especialmente hoje foi um dia muito bom para receber a mensagem de preocupação de vocês. Tive um dia muito difícil e não fossem os bloqueadores eu teria visto pornografia. Tentei entrar também numa sala de bate papo, fatalmente para sexo virtual, mas eu mesmo há mais de dois meses instalei um programinha que não me deixou entrar. Tentei colocar uma senha mas ela está segura com um amigo. Me veio vontade de me masturbar em vários momentos, mas jogava para mim para lembrar a exata sensação que tenho depois do orgasmo: o peso no corpo, a moleza... é um prazer que ura 5 segundos a preço de angústia. Foi assim a vida toda, eu simplesmente, a partir de uma época, me acostumei. Então, estou tentando ver o porque me coloquei em tanto pesar, por que transformei a minha sexualidade (que é algo sublime, o próprio sexo é algo muito bonito) numa mistura de sentimentos ruins.

Refleti muito hoje sobre minha teimosia, impaciência, preguiça. Precisando entender o porque isso me leva ao vício. Hoje tive um dia complicado no trabalho. Estou muito agressivo e não sei onde isso pode me levar, a que tipo de consequências sociais. Quando fica nessas perguntas, penso em Deus, essa força que já senti algumas vezes mas que outras me sinto distante e descrente, sem perceber nada de sua presença.

Depois do dia de hoje amigos, só posso entregar minhas forças a Deus. Não digo Deus no sentido que a minha religião conceitua, mas uma força que deve existir diante desse sacrifício, esse embate entre mim mesmo... algo muito mais forte do que eu deve sair disso tudo e me ajudar. Sinceramente, eu sou muito desequilibrado cara, não se deixem levar pelas minhas palavras apenas, se eu escrevo com qualidade e tal... A mente é um grande redemoinhinho.. quanto mais penso no assunto, mas me enrolo.

Hoje cheguei do trabalho tão incomodado, tão aflito com algumas coisas que aconteceram que estava disposto a ir direto me masturbar. E eu sei que iria usar a masturbação para esconder essas sensações. Fiz muito isso, mas hoje não fiz. Nem ontem. Não consigo mais conceber usar do meu sexo para enfrentar meus problemas. É uma montanha-russa meus caros. AS vezes no meio desse inferno, eu consigo bons momentos ao ler um bom livro, ler aquilo que me auxilia, partilhas de vocês ou livros da irmandade que participo.

To indo dormir agora. E literalmente entregando o meu problema a essa força maior. Amanhã, o dia começa e as mesmas pessoas vão aparecer no meu caminho e minha mente estará pronta para me confundir de novo. Com muita paciência comigo mesmo, talvez seja possível caminhar.

Abraços. Olá Éder e Fênix

Especialmente hoje foi um dia muito bom para receber a mensagem de preocupação de vocês. Tive um dia muito difícil e não fossem os bloqueadores eu teria visto pornografia. Tentei entrar também numa sala de bate papo, fatalmente para sexo virtual, mas eu mesmo há mais de dois meses instalei um programinha que não me deixou entrar. Tentei colocar uma senha mas ela está segura com um amigo. Me veio vontade de me masturbar em vários momentos, mas jogava para mim para lembrar a exata sensação que tenho depois do orgasmo: o peso no corpo, a moleza... é um prazer que ura 5 segundos a preço de angústia. Foi assim a vida toda, eu simplesmente, a partir de uma época, me acostumei. Então, estou tentando ver o porque me coloquei em tanto pesar, por que transformei a minha sexualidade (que é algo sublime, o próprio sexo é algo muito bonito) numa mistura de sentimentos ruins.

Refleti muito hoje sobre minha teimosia, impaciência, preguiça. Precisando entender o porque isso me leva ao vício. Hoje tive um dia complicado no trabalho. Estou muito agressivo e não sei onde isso pode me levar, a que tipo de consequências sociais. Quando fica nessas perguntas, penso em Deus, essa força que já senti algumas vezes mas que outras me sinto distante e descrente, sem perceber nada de sua presença.

Depois do dia de hoje amigos, só posso entregar minhas forças a Deus. Não digo Deus no sentido que a minha religião conceitua, mas uma força que deve existir diante desse sacrifício, esse embate entre mim mesmo... algo muito mais forte do que eu deve sair disso tudo e me ajudar. Sinceramente, eu sou muito desequilibrado cara, não se deixem levar pelas minhas palavras apenas, se eu escrevo com qualidade e tal... A mente é um grande redemoinhinho.. quanto mais penso no assunto, mas me enrolo.

Hoje cheguei do trabalho tão incomodado, tão aflito com algumas coisas que aconteceram que estava disposto a ir direto me masturbar. E eu sei que iria usar a masturbação para esconder essas sensações. Fiz muito isso, mas hoje não fiz. Nem ontem. Não consigo mais conceber usar do meu sexo para enfrentar meus problemas. É uma montanha-russa meus caros. AS vezes no meio desse inferno, eu consigo bons momentos ao ler um bom livro, ler aquilo que me auxilia, partilhas de vocês ou livros da irmandade que participo.

To indo dormir agora. E literalmente entregando o meu problema a essa força maior. Amanhã, o dia começa e as mesmas pessoas vão aparecer no meu caminho e minha mente estará pronta para me confundir de novo. Com muita paciência comigo mesmo, talvez seja possível caminhar.

Abraços.
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Mensagem  flavio2017df Qui Mar 16, 2017 4:22 am

Fernando, pelas palavras, percebo que está com muitas ideias na cabeça. Tenta, tenho feito isso comigo mesmo, escutar a própria voz, falar sozinho, isso, apesar de meio louco, ajuda a organizar as ideias (ocorre comigo). Faça em casa, para evitar que as pessoas estranhem. Outra coisa que tenho apreciado para relaxar a mente é caminhar: poderia, caso ande de ônibus, descer um pouco mais distante do seu local de trabalho, assim, caminhar. Bem, apenas sugestões para lidar com esse turbilhão de ideias e pensamentos.

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Mensagem  Fernando1500 Sex Mar 17, 2017 7:36 pm

Oi Flávio

Já pensei em pegar um gravador e sair gravando tudo o que me vem à cabeça quando começo a pensar muito. Apenas não fiz achando que pode ser meio perigoso fazer isso, não estou muito seguro, mas agradeço sua sugestão.

Estou há 68 dias sem P e estava há 6 dias sem M. Acabei de me masturbar sem P porque realmente não estava aguentando. Vocês devem saber.. eu tentei de várias formas me desviar da vontade. Cheguei em casa, já estava na pilha. Tomei banho , descansei, mas mesmo assim não consegui evitar. Ou eu aceito a minha fraqueza ou vou ficar me martirizando. Eu não posso tudo.

Seguindo em frente...
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Mensagem  flavio2017df Sáb Mar 18, 2017 6:09 am

Com certeza, auto-punição, não vai ajudar nada. Não se martirize, é difícil não fazer isso, eu, quando recaía (que fique no passado), também me sentia muito mal. Na minha sugestão de falar sozinho em voz alta para organizar os pensamentos, não pensei em gravações, com certeza isso é perigoso, pois você pode ser mal interpretado nas opiniões, caso tais gravações venham a público. O objetivo desse método é aliviar a mente de pensamentos constantes e desorganizados. Sinto no meu caso que tenho sentido um alívio mental ao jogar para fora essa complexidade de pensamentos, escutando-os. Enfim, como disse, é uma sugestão. Siga em paz, amigo, assim que começar um período de abstinência e bons ambientes, bons relacionamentos, toda essa energia boa espiritual mudará sua vida.

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Fernando (Retorno) - Página 3 Empty bullying

Mensagem  Fernando1500 Ter Mar 21, 2017 10:45 pm

Oi Flávio, pois é… ainda não consegui colocar em prática sua sugestão. Me parece uma ideia boa falar um pouco sozinho em casa até para silenciar um pouco a confusão dos meus pensamentos. Não sei se é uma solução, mas pode aliviar, mas confesso que to meio sem jeito para fazer isso.

A grande questão que ainda passo é com a ansiedade e outros sentimentos que começam a me cercar quando fico sem me masturbar. Estou há um pouco mais de dois meses sem ver pornografia, mas a energia do vício ainda está bastante frequente, principalmente quando uso a masturbação como um meio de fuga para a ansiedade.

Está sendo revelado para mim através da terapia que o medo que tenho de pessoas está diretamente relacionado às minhas experiências com bullying que me acompanhou da infância até o trabalho. E eu sofria isso não apenas por ser homossexual mas por ser um cara meio lento, meio bobo. Sei que não sou nenhum bobo, sabem como é. Quando percebo que as coisas à minha volta estão me irritando, sei que é a criança de antigamente tensa em ouvir a primeira gozação. Vejo que as feridas da infância continuam a doer mesmo na fase adulta. De certa forma, nunca aproveitei minha sexualidade de forma sadia, conjugada com afeto porque talvez, sempre tivesse vergonha ou achar que eu não merecia. Sexualidade para mim sempre foi sinônimo de sacanagem e eu ficava sempre impressionado com os comentários pornográficos dos colegas, principalmente quando eram direcionados a mim.

Gostaria que todo esse processo fosse mais simples, mas para mim não é. E vejo também que essa questão dos 90 dias, embora válida, não alcança tantas feridas deixadas para trás e que voltam por mais que eu queira escondê-las. Algo me diz que é assim mesmo. Não tem nada de errado e devo continuar. o
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Mensagem  flavio2017df Sex Mar 24, 2017 4:29 am

Lamento muito pela ignorância das pessoas contigo, Fernando. Imagino, quanta provocação deva ter aguentado por conta de sua opção. Vejo os homosseuxuais como muito homens, explico: fazer a opção e declarar isso abertamente, tem que ser homem para fazer isso! Tenho a impressão que hoje e no futuro, a tendência é o respeito, pois demora para as pessoas se acostumarem e desenvolverem o respeito. Por outro lado, é óbvio, que não pode esperar logo invista em sua segurança: tanto psicológica - manter bons pensamentos, quanto física - praticar defesa pessoal.

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Mensagem  Fernando1500 Sáb Mar 25, 2017 3:36 pm

Obrigado Flávio. Todo o preconceito com os homossexuais é fruto de uma grande neurose sexual que nos assola há muito tempo. Aqueles que perpetuam ainda merecem mais nossa compaixão do que raiva. A raiva já tem me feito mal. Ontem mesmo na lanchonete escutei um cara fazendo um comentário nitidamente homofóbico (não comigo), mas agressivo. E não posso mais comprar briga saca.

Estou hoje aqui a escrever para que seja também uma oração. Estou há 75 dias sem P e 6 dias sem PMO e sei que quando chega nesse sexto dia o bicho começa a pegar. Hoje mesmo tive um sonho bizarro. Já sonhei várias vezes com cenas de sexo, mas hoje, em sonho, eu estava exatamente na mesma aflição que tenho antes de pegar nos vídeos, aqueles momentos de ansiedade e fissura (chamo também de transe) que temos para pegar nos vídeos. Eu digo ao meu terapeuta que quando estou nesse momento, estou subjugado por uma força que me impõe a ida até á pornografia. Não tenho sentido isso nesses 75 dias sem P, ou melhor, até sinto de leve e acabo por me masturbar, o que de certa forma ainda fico a mercê dessa força. No sonho, eu não pego em pornografia, mas sinto exatamente a mesma ansiedade, o mesmo tormento que antecede aos vídeos. De certa forma, até para não tornar a minha experiência uma tragédia, fica claro pra mim que meu inconsciente está agindo justamente porque estou mais seguro no mundo consciente. É como se eu tivesse que expressar o que sempre permitir ser expressado, só que agora no momento do sono. No fundo mesmo, eu deveria ter acordado e visto apenas como um pesadelo, porque na realidade isso já tem um tempo que não acontece. Estou postando essa experiência pois pode ser que já tenha a acontecido com alguém. Neste instante, algo me diz que ter esse sonho não é um problema, é o vício querendo apelar e gritar. Preciso, hoje, respeitar o momento e aguardar outros sonhos também que possam querer me desestabilizar.

Só sei que cada um de nós, embora partilhemos problema parecidos, temos experiências de recuperação singulares.

Boa Tarde.
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Mensagem  flavio2017df Dom Mar 26, 2017 7:26 am

No sonho não temos controle, é irracional, mesmo sabendo que não temos controle nisso e nem responsabilidade, reconheço que me incomoda muito. Normalmente, deixo o dia passar e as coisas vão ficando mais assentadas. Fernando, não deixa a raiva permanecer em você, busque, de verdade, os bons pensamentos. Isso ajuda muito nossa flora mental. Adianto que não é fácil, mas é um início de relaxamento.

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Mensagem  Eder Dom Mar 26, 2017 9:32 pm

Fernando1500 escreveu:Obrigado Flávio. Todo o preconceito com os homossexuais é fruto de uma grande neurose sexual que nos assola há muito tempo. Aqueles que perpetuam ainda merecem mais nossa compaixão do que raiva. A raiva já tem me feito mal. Ontem mesmo na lanchonete escutei um cara fazendo um comentário nitidamente homofóbico (não comigo), mas agressivo. E não posso mais comprar briga saca.

Estou hoje aqui a escrever para que seja também uma oração. Estou há 75 dias sem P e 6 dias sem PMO e sei que quando chega nesse sexto dia o bicho começa a pegar. Hoje mesmo tive um sonho bizarro. Já sonhei várias vezes com cenas de sexo, mas hoje, em sonho, eu estava exatamente na mesma aflição que tenho antes de pegar nos vídeos, aqueles momentos de ansiedade e fissura (chamo também de transe) que temos para pegar nos vídeos. Eu digo ao meu terapeuta que quando estou nesse momento, estou subjugado por uma força que me impõe a ida até á pornografia. Não tenho sentido isso nesses 75 dias sem P, ou melhor, até sinto de leve e acabo por me masturbar, o que de certa forma ainda fico a mercê dessa força. No sonho, eu não pego em pornografia, mas sinto exatamente a mesma ansiedade, o mesmo tormento que antecede aos vídeos. De certa forma, até para não tornar a minha experiência uma tragédia, fica claro pra mim que meu inconsciente está agindo justamente porque estou mais seguro no mundo consciente. É como se eu tivesse que expressar o que sempre permitir ser expressado, só que agora no momento do sono. No fundo mesmo, eu deveria ter acordado e visto apenas como um pesadelo, porque na realidade isso já tem um tempo que não acontece. Estou postando essa experiência pois pode ser que já tenha a acontecido com alguém. Neste instante, algo me diz que ter esse sonho não é um problema, é o vício querendo apelar e gritar. Preciso, hoje, respeitar o momento e aguardar outros sonhos também que possam querer me desestabilizar.

Só sei que cada um de nós, embora partilhemos problema parecidos, temos experiências de recuperação singulares.

Boa Tarde.
Oi Fernando, sonhos são comuns no processo de recuperação, é quando o vicio usa o inconsciente na tentativa de indução a queda. Não podemos controlar nossos sonhos então deixa rolar, diversos reboots já passaram por isso, é algo normal, não se deixe abalar.

Brother, você tem razão em sentir raiva, é um reflexo da nossa natureza, quando nos sentimos agredidos ou rotulados é normal em que tenhamos raiva.
Porém, não podemos deixar que essas coisas enraíze em nosso coração, pois do mesmo jeito que existe pessoas mau caráter existe outro tanto de pessoas compreensíveis e maduras.

Quando alguém discrimina o próximo devido sua opção sexual, cor, religião...
Está apenas mostrando sua imaturidade e falta de bom senso, pessoas assim, não progridem na vida; geralmente são pessoas vazias.

Enfim, quando se sentir afrontado seja superior, não revide o mau com mau, ignore a afronta!
Cabe aqui aquela bela frase:
"Nunca faça algo permanentemente estúpido só porque você está temporariamente chateado."

P.s 75 dias descansando de todos os estímulos eróticos artificiais é um privilegio brother, parabéns Fernando.
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Fernando (Retorno) - Página 3 Empty Re: Fernando (Retorno)

Mensagem  Fernando1500 Qua Mar 29, 2017 11:29 pm

Obrigado Flávio, Obrigado Éder.

Seus retornos e toques são de grande valia para mim. Vocês tem acompanhado meu tópico enviando várias mensagens, construindo a nossa recuperação. Fico realmente feliz com isso.

Éder, penso muito parecido com você em relação a não revidar mal com o mal, não sentir raiva e tal. Bom, eu penso e compreendo mas emocionalmente às vezes é muito difícil controlar, mas já observei, principalmente no trabalho, que tive alguns avanços. Em relação à pessoa que me chefia é bem difícil para mim aturar certas atitudes. Penso que vou ter que enfrentar essas coisas para o resto da minha vida por que as pessoas não vão mudar porque eu quero, ou estou chateado.

Hoje foi um dia bem difícil. Eu tinha o videogame afastado aqui de casa há um bom tempo. Trouxe de volta pensando que poderia voltar a jogar meu jogo favorito, mas pelo menos só está gerando mais ansiedade e fissura. E eu já sabia na prática que o vídeo game dificulta o processo. Estava há um semana sem M e acabei voltando (não peguei nos vídeos). Embora esteja há 80 dias sem P, o retorno para a M tem me gerado muita angústia e solidão. Não está sendo satisfatório e quando faço, já tenho logo vontade de ver PMO.

Vejo que preciso buscar coisas que possam me trazer mais alegria. Fico pensando… acho que larguei muita coisa para trás… eu fiz faculdade de teatro há muito tempo e nunca mais toquei nesse assunto e isso vem me preocupando hoje.

Não quero me prolongar. Apenas registrando mesmo. Obrigado e boa noite a todos.
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Mensagem  Fernando1500 Qui Abr 13, 2017 8:23 pm

Olá amigos.

Há razões para eu comemorar muitas coisas e há também velhas dificuldades ainda presentes. A partir de hoje defini para mim novas condutas: a primeira é chegar em casa do trabalho, me sentar no sofá e tentar não pensar em nada, apenas sentar, sem pegar na internet, apenas para ouvir música. Reparei que chegava do trabalho e ia direto resolver alguma coisa, algum assunto e sei, hoje, que isso não é mais possível.

A segunda coisa é não navegar no youtube aleatoriamente a não ser que eu queira ver algo específico. Já estou adquirindo o hábito da leitura, ler narrativas, mas fico muito mais tempo deitado com o celular vendo vídeos no youtube do que lendo. O vício se escoa justamente nessa atitude. Ficar deitado assistindo vídeo é muito ruim.

Outra coisa é o videogame. Acho possível ter um, mas desde que eu jogue em horas pré-determinadas, depois de ter feitos as coisas principais.

Minha experiência ontem no trabalho foi muito desgastante. Estou há mais de 90 dias sem P, e ontem estava há 7 dias sem PMO. De repente, comecei a ficar obcecado em correr para o banheiro e me masturbar sem P. Não estava interessado em P, apenas cismei que tinha que entrar no boxe do banheiro e me masturbar. O pior é o conflito, porque, tentava me distrair com outras coisas mas uma ordem interna, quase debochada, me forçava a entrar no banheiro e realmente não consegui resistir. Acabei em casa fazendo mais uma vez. Percebi amigos que caí numa obsessão profunda que até hoje está me fazendo mal, e me sinto de ressaca , embora esteja todo esse tempo afastado da P.

Eu preciso aprender a ressignificar minha sexualidade, meus desejos para depois ver como é possível exprimi-los Sei que hoje, a masturbação é como a raspa que fica na panela que o vício ainda se alimenta.

Pode parecer que estou querendo contrariar mas posso dizer, caros, que, embora, hoje, a pornografia banda larga seja um problema em si mesma, o problema maior está em mim mesmo. A droga é um problema para o mundo todo, menos pra mim. Podem me oferecer cocaína pois não vou querer. É o que a pornografia me desperta é que o problema. E tenha muitas coisas no meu psicológico e no meu emocional que estão fragmentados desde muito tempo, e foram através desses fragmentos que a pornografia entrou na minha vida. Logo após meus 15 anos de idade quando comecei a me masturbar e perder o sentido de afeto que eu tinha com a minha família que, não sei porque, foi diminuindo e se transformando em relações cartesianas.

Abraços.
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