Masturbação anal

Eu estava olhando as postagens de um grupo do facebook quando encontrei uma postagem sobre noFap (giria para um estilo de vida sem masturbação.) Então vi que um dos membros comentou o seguinte:
"E se eu me masturbar com um vibrador atraves do anus sem tocar o meu pênis e sem ejacular? Dessa forma eu estaria quebrando o noFap?"

Talvez o que ele tenha dito fosse pra tirar sarro ou algo do tipo, mas fiquei curioso acerca disso, pois também sou adepto desse tipo de estimulo em relações heterossexuais, o que costumam chamar de inversao, fio terra, etc, mas enfim.

Esse tipo de masturbação seria também prejudicial? Talvez isso não seja relevante para a maioria aqui, eu penso que toda informação é válida, então se alguem tiver alguma teoria ou artigo pra apresentar, fico agradecido.

Eu vejo que existe problema também em usar essa prática.

O vício em PMO é relacionado a Fantasia e Prazer. Logo se ele coloca algo dentro do seu corpo para sentir prazer e esse prazer é estimulado via P. é sim um problema. Do contrário homosexuais/ mulheres não teriam problema. Nosso problema vai além de uma simples D.E.... existem a :Ansiedade social, baixa estima, fobiasocial e etc.


Logo se uma pessoa se estimula pelo ânus e assisti P. para se excitar comete o mesmo erro, pois libera o mesmo ciclo de dopamina.

Agora se fizer isso sem o fator visual, acredito que trabalha a percepção sensorial do corpo e é esse fator que a PMo rouba da gente, o sentir. Tudo vira visual, só conseguimos nos estimular pelo visual, o tato é regredido a uma escala mínima.

Bom, essa é minha opinião sobre o tema.

bem apontado sergiodoug, acho que é por ai mesmo, sentir sem fantasiar. o problema é que pode ser acabar sendo gatilho pra quem é muito viciado em p e em fantasias mentais. Uma vez enquanto eu praticava masturbação anal comecei ao mesmo tempo a masturbar meu penis e tive orgasmo, td sem fantasiar, o que nao seria prejudicial em teoria. Só que logo após isso me deu uma vontade monstruosa de ver p, então recai loucamente varias vezes durante semanas.

Hoje em dia eu consigo fazer sem fantasiar e nem ver porno e nao recaio em seguida, mas é preciso ter cuidado pra nao voltar aquela rotina de pmo.

Acho que ver porno sem masturbar ou se masturbar sem ver porno é como ser viciado em bebida alcoolica e ficar dentro do bar resistindo a tentação ou então como fazer gargarejo com vinho sentindo o sabor alcoolico e cuspir na pia. Algo arriscado. kkk

Amigos, estou com o Sergio. É um gatilho tremendo esse estímulo anal. Inclusive levando a desvio de tendência sexual para quem é heterossexual. Chego a conclusão ao longo destes anos: o sexo é um terreno perigoso, dá uma satisfação tremenda. Mas como é complicado: se não faz nada, a vida fica um tédio; se faz com muita frequência, é viciante. A linha do equilíbrio sexual é muito estreita e de difícil caminhada.

No que concerne ao estímulo anal, para mim, está altamente associado ao estímulo visual de pornô. Tenho 19 anos e sou heterossexual. Meu vício em pornografia, que estou a um mês sem consumir e 15 dias sem masturbação, é, ou era, majoritariamente de sexo anal, que, em vezes pouco frequentes, me fazia, ou me faz, querer masturbar-me com o estímulo anal. Em decorrência do vício em pornografia, sofri várias vezes pelos problemas que já conhecemos: broxar, baixa autoestima, sentimento de incapacidade e creio que até uma falta de ânimo em socializar. Mas o ato de gostar do estímulo anal vem desde a infância, pois fui "sexualizado" muito cedo, por questões de exemplos paternais; bastante sexo que infelizmente vi e tmb o acesso a pornô, mas sempre escondi isso tudo. Várias vezes me questionei sobre os efeitos dessa prática em minha vida... sofro ao ver que há, pelo menos pra mim que sou viciado em pornô, uma contribuição aos maus efeitos do vício pela prática da masturbação anal em virtude do desvio de conduta sexual inconsciente, de estar, no ser, mais pro polo feminino, passivo , que do ativo, masculino, reverberando-se no comportamento. Devido aos fracassos sexuis, timidez e fraqueza de espírito, acabava por realizar novamente a masturbação anal, sem parar com a pornografia, fazendo-me questionar, em sofrimento, se eu era gay, pela prática em si, mas nunca tive o desejo em outro homem, ou seja, isso é puro preconceito, o que foi por muito tempo uma das raízes da minha baixa autoestima, hoje sei disso. Acho que a prática contribui aos vícios do pornô e funciona tal qual, pois ativa uma via de prazer que induz o desejo de fazê-lo só, contribuindo pro isolamento social e desestímulo sexual real. Busco no nofap a construção dum novo eu, a partir da desconstrução destes infernos a fim de possibilitar-me desfrutar do que julgo a plenitude da felicidade sexual, o sexo, longe da insegurança e medo, da timidez e de evitar relacionar-me com as mulheres por essas questões. Masturbação, pornô e masturbação anal são mecanismos quando não se obtém sexo, mas não podemos deixar que tornem-se vícios pela facilidade, devemos enfrentar nossas inseguranças, deixar de sermos escravos delas e passar a dominar a nós mesmo, pois só assim vem o êxito e a sabedoria. Deus abençoe a luta de vocês, irmãos.

Amigo, teu relato é muito semelhante ao que aconteceu comigo. A diferença é de apenas 30 anos - hoje tenho 49. Asseguro que o grande passo você deu que é buscar superar o vício. Eu comecei a me masturbar com 15 anos, gostei, passei a usar o ânus também como foco de prazer. No meu tempo, até revista pornográfica era difícil, porém quando conseguia, ficava o tempo todo. Imagino a luta de vocês hoje para superar o vício com a Internet, que não é ruim, apenas muito mal utilizada. Minha vida nesses 30 anos que se sucederam ao começo, foi de muita variação de comportamento que me limitou socialmente, profissionalmente. Hoje, agradeço a Deus a familia que ele me concedeu - tenho filhos, esposa. Ainda, porém com recaídas pontuais. Vejo, contudo, que me limitei muito devido a essas variações comportamentais. Afirmo que independente de preferência sexual - seja hetero ou homossexual - o foco em sexo nos limita a vida não deve ser a intenção principal. Deve ser vivido a dois com prazer e alegria, no lugar de escondido, com arrependimentos limitadores que nos tiram importante energia.