Viciados Anônimos
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Compulsão

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Mensagem  mojo99 Qui Out 30, 2014 9:12 pm

Amigos, creio que estamos discutindo o sexo dos anjos aqui.

A ciência ainda não sabe precisar com clareza sobre qual é a maior motivação para o comportamento humano, se é a natureza ou a cultura. É o que chamam no inglês de nature x nurture (algo como inato x adquirido, http://en.wikipedia.org/wiki/Nature_versus_nurture). Um psicopata já nasceu assim ou ficou assim? Um alcoólatra já nasceu assim ou ficou assim? Um viciado em PMO já nasceu assim ou ficou assim?

Creio que o companheiro new está do lado "nature" do cabo de guerra, de que somos viciados e seremos viciados até o dia da morte, enquanto o companheiro admin está do lado do "nurture", com a ideia de que fomos condicionados ao vício e que um dia poderemos não ser mais viciados. (Me corrijam se estiver interpretando errado, rs).

Cara, é complicado. Se tudo fosse tão inato assim, seria impossível usarmos camisinha (já que nossos genes nos programaram para a reprodução indefinida, e a reprodução é algo inato). De outra maneira, se tudo fosse tão adquirido, não teríamos tanta dificuldade em lidar com nossos instintos mais primitivos (como a própria reprodução).

Eu conheço amigos que bebiam pra caralho e conseguiram encontrar um modo de beber socialmente. A pergunta é: eles eram alcoólatras ou eram "normais" e só bebiam muito? Qual a linha que separa? Existe mesmo essa linha? Isso é difícil para caralho de responder. Depende da substância também. Duvido muito que um viciado em crack consiga dar um teco casual.

A minha experiência e intuição me dizem que o fator condicionante é muito maior que o fator inato, embora este seja relevante. Mas não é por isso que eu considero voltar a me masturbar, mesmo que passe dez anos sem o fazê-lo. E aqui por questão de princípios. Cara, existe tanta mulher no mundo, tanta gente pra compartilhar esse prazer conosco. Porque esvaí-lo solitário, trancafiado em meu quarto? É desperdício de energia. Poderia estar criando algo, construindo algo, me conhecendo melhor, mas não; estou me masturbando e anestesiando meu cérebro. Álcool talvez eu dia eu retorne, porque querendo ou não, ele tem as suas funcionalidades sociais. Mas qual a função social de uma punheta? De que maneira isso é proveitoso?

Um abraço, meus caros.
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compulsão - Compulsão - Página 2 Empty Re: Compulsão

Mensagem  Tupã Dom Nov 02, 2014 10:38 pm

Olá, companheiros de jornada!! Venho acompanhando o post há alguns dias com o desejo de me manifestar, mas precisava de tempo para escrever mais detalhadamente. Tentarei ser o mais objetivo possível, certo de que meu relato será atravessado pela minha experiência.

Inicialmente, imagino que uma breve pincelada nos aspectos do alcoolismo e da dependência química possam nos fornecer subsídios válidos para o tema em tela. Vejamos o que reza o primeiro passo de Alcoólicos Anônimos: "Admitimos que éramos impotentes perante o álcool - que tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas." Por seu turno, o primeiro passo em Narcóticos Anônimos dispõe: "Admitimos que éramos impotentes perante nossa adicção, que nossas vidas tinham se tornado incontroláveis." Notemos que o descontrole é um ponto nodal no conceito de vício, ao menos no que diz respeito ao prisma utilizado por tais irmandades. E esse descontrole é caracterizado, basicamente, pela obsessão e compulsão. Acosto um trecho retirado do site de Alcoólicos Anônimos, intitulado "Sou um alcoólico"?

"Você deve procurar o A.A.?
Doze perguntas que só você pode responder

Somente você poderá determinar se o programa de A.A. - a maneira de viver de A.A. - tem algum sentido para você e pode ajudá-lo.
É uma decisão que você terá de tomar por sua própria conta. Ninguém em A.A. poderá fazê-lo por você.
Nós, que hoje somos membros, ingressamos em A.A. porque reconhecemos que a bebida havia se convertido em um problema que não podíamos controlar sozinhos. A princípio muitos de nós não queríamos admitir que não conseguíamos mais beber normalmente.
Porém, quando membros veteranos de A.A. nos contaram que, para eles, o alcoolismo era uma doença que, como a diabete podia ser detida, começamos a procurar em nós mesmos os sintomas dessa enfermidade.
Encaramos os fatos referentes a esta doença em particular, da mesma forma com que enfrentaríamos qualquer outro problema sério de saúde. Demos respostas honestas às perguntas realistas sobre nossa maneira de beber e seus efeitos na nossa vida cotidiana.
Eis algumas das perguntas que tivemos de responder. Sabemos por experiência própria que qualquer pessoa que responder SIM a QUATRO ou mais destas doze perguntas, tem claras tendências para o alcoolismo (e poderá já ser um alcoólico).
Por quê não tentar, você mesmo , responder a estas perguntas? Lembre-se que não há desonra em admitir que você tem um problema de saúde. Se existe realmente um problema, o importante é solucioná-lo.

1. Já tentou parar de beber por uma semana (ou mais), sem conseguir atingir seu objetivo?

Muitos de nós "largamos a bebida" muitas vezes antes de procurar A.A. Fizemos sérias promessas aos nossos familiares e empregadores. Fizemos juramentos solenes. Nada funcionou até que ingressamos em A.A. Agora não lutamos mais. Não prometemos nada a ninguém, nem a nós mesmos. Simplesmente esforçamo-nos para não tomar o primeiro gole hoje. Mantemo-nos sóbrios um dia de cada vez.

2. Ressente-se com os conselhos dos outros que tentam fazê-lo parar de beber?

Muitas pessoas tentam ajudar bebedores-problema. Porém, a maioria dos alcoólicos ressente-se com os "bons conselhos" que lhes dão. (A.A. não impõe esse tipo de conselho a ninguém. Mas, se solicitados, contaríamos nossa experiência e daríamos algumas sugestões práticas sobre como viver sem o álcool.)

3. Já tentou controlar sua tendência de beber demais, trocando uma bebida alcoólica por outra?

Sempre procurávamos uma fórmula "salvadora" de beber. Passamos das bebidas destiladas para o vinho e a cerveja. Ou confiamos na água para "diluir" a bebida. Ou, então, tomamos nossos goles sem misturá-los. Tentamos ainda beber somente em determinadas horas. Porém, seja qual for a fórmula adotada, invariavelmente acabamos embriagados.

 4. Tomou algum trago pela manhã nos últimos doze meses?

A maioria de nós está convencida (por experiência própria) de que a resposta a esta pergunta fornece uma chave quase infalível sobre se uma pessoa está ou não a caminho do alcoolismo, ou já se encontra no limite da "normalidade" no beber.

5. Inveja as pessoas que podem beber sem criar problemas?

É óbvio que milhões de pessoas podem beber (às vezes muito) em seus contatos sociais sem causar danos sérios a si mesmos, ou a outros. Você parou alguma vez para perguntar-se por que, no seu caso, o álcool é, tão freqüentemente, um convite ao desastre?

 6. Seu problema de bebida vem se tornando cada vez mais sério nos últimos doze meses?

Todos os fatos médicos conhecidos indicam que o alcoolismo é uma doença progressiva. Uma vez que a pessoa perde o controle da bebida, o problema torna-se pior, nunca desaparece. O alcoólico só tem, no fim, duas alternativas: (1) beber até morrer ou ser internado num manicômio, ou (2) afastar-se do álcool em todas as suas formas. A escolha é simples.

 7. A bebida já criou problemas no seu lar?

Muitos de nós dizíamos que bebíamos por causa das situações desagradáveis no lar. Raramente nos ocorria que problemas deste tipo são agravados, em vez de resolvidos, pelo nosso descontrole no beber.

 8. Nas reuniões sociais onde as bebidas são limitadas, você tenta conseguir doses extras?

Quando tínhamos de participar de reuniões deste tipo, ou nos "fortificávamos" antes de chegar, ou conseguíamos geralmente ir além da parte que nos cabia. E, frequentemente, continuávamos a beber depois.

9. Apesar de prova em contrário, você continua afirmando que bebe quando quer e pára quando quer?

Iludir a si mesmo parece ser próprio do bebedor problema. A maioria de nós que hoje nos encontramos em A.A., tentou parar de beber repetidas vezes sem ajuda de fora. Mas não conseguimos.

10. Faltou ao serviço, durante os últimos doze meses, por causa da bebida?

Quando bebíamos e perdíamos dias de trabalho na fábrica ou no escritório, freqüentemente procurávamos justificar nossa "doença". Apelamos para vários males para desculpar nossas ausências. Na verdade, enganávamos somente a nós mesmos.

 11. Já experimentou alguma vez ‘apagamento’ durante uma bebedeira?

Os chamados "apagamentos" (em que continuamos funcionando sem contudo poder lembrar mais tarde do que aconteceu) parecem ser um denominador comum nos casos de muitos de nós que hoje admitimos ser alcoólicos. Agora sabemos muito bem quais os problemas que tivemos nesse estado "apagado" e irresponsável.

12. Já pensou alguma vez que poderia aproveitar muito mais a vida, se não bebesse?

A.A., em si, não pode resolver todos os seus problemas. No que se refere, porém, ao alcoolismo, podemos mostrar-lhe como viver sem os "apagamentos", as ressacas, o remorso ou o desconsolo que acompanham as bebedeiras desenfreadas. Uma vez alcoólico, sempre alcoólico. Portanto, nós em A.A. evitamos o "primeiro gole". Quando se faz isto, a vida se torna mais simples, mais promissora e muitíssimo mais feliz."
(http://www.aa.org.br/eu-sou-um-alcoolico)

Do site de NA, "De jovens adictos para jovens adictos":

"Antes de chegar a NA, muitos de nós pensávamos que nosso uso de drogas era uma fase normal, uma parte natural do crescimento. Podemos ter tentado usar a nossa idade como uma desculpa, mas logo se tornou difícil negar que as drogas não facilitavam em nada nossas vidas. Podíamos fingir que não nos preocupávamos com os acontecimentos, mas no
fundo sabíamos que estávamos nos sacrificando mais do que queríamos para continuar usando.
(...)
Nosso uso de drogas foi aliado à obsessão, a compulsão e o egocentrismo. Pensávamosobsessivamente em drogas e no estilo de vida do uso. Usamos compulsivamente quando não queríamos ou dizíamos que não usaríamos, e não conseguíamos parar depois que começávamos. Em total egocentrismo, sacrificamos tudo para nos sentirmos diferentes, mesmo se isso significasse prejudicar a nós mesmos e às pessoas que nos amam. Na maioria das vezes ficávamos com
ressentimento, raiva e medo."
(http://www.na.org.br/media/files/literaturas/BR3113.pdf)

Agora, um trecho retirado do sítio de Comedores Compulsivos Anônimos, cujo nome é "CCA é pra você?":

" 01 Eu como quando não estou com fome ou deixo de comer quando meu corpo necessita se nutrir?
02 Faço farras alimentares sem razão aparente, às vezes até me sentir empanturrado ou passar mal?
03 Tenho sentimentos de culpa, vergonha ou constrangimento em relação à maneira como eu me alimento?
04 Como sensatamente na frente de outras pessoas e desconto depois, quando estou sozinho?
05 Minha maneira de comer está afetando minha saúde ou minha maneira de viver?
06 Quando minhas emoções estão intensas - sejam positivas ou negativas - eu me vejo procurando por comida?
07 Meus comportamentos alimentares fazem a mim ou aos outros infelizes?
08 Já cheguei a usar laxantes, vômitos, diuréticos, excesso de atividade física, medicamentos para controle do apetite, injeções ou intervenções médicas (incluindo cirurgias) para tentar controlar meu peso?
09 Faço jejum ou restrinjo severamente a comida para controlar meu peso?
10 Eu fantasio sobre como a vida seria muito melhor se eu usasse um tamanho diferente ou tivesse outro peso?
11 Eu preciso mascar ou ter algo em minha boca o tempo todo, como comida, chicletes, balas ou bebidas?
12 Já cheguei a comer comida congelada, queimada, estragada, retirada de recipientes no supermercado, ou do lixo?
13 Existem certas comidas que não consigo parar de comer depois de dar a primeira mordida?
14 Já cheguei a perder peso com dietas ou períodos de controle, seguidos por períodos de intenso descontrole com a comida e/ou ganho de peso?
15 Passo muito tempo pensando em comida, discutindo comigo mesmo sobre se comerei e o que comerei, planejando a próxima dieta ou cura através de exercícios físicos, ou contando calorias?"

Um outro excerto extraído do site de "Dependentes de Amor e Sexo Anônimos":

"Sobre DASA
A doença da Dependência de Amor e Sexo

Embora ainda visto por muitos como um vício apenas, a dependência de amor e sexo é uma doença, uma terrível e fatal doença. Irreversível, progressiva e incurável, leva seu portador inexoravelmente à loucura ou à morte prematura. A doença da dependência de amor e sexo se caracteriza por uma obsessão pela dependência de pessoas e/ou relacionamentos sexo-afetivos, ou ainda pela anorexia, que se instala lentamente na vítima, até, nos últimos estágios, dominá-la inteiramente.
Apesar da imensa gravidade da doença, pouco ou nada se sabe com certeza sobre suas causas. Acometendo algumas das pessoas que são dependentes, de forma aleatória, a dependência de amor e sexo atinge indistintamente homens e mulheres de qualquer idade e de todas as raças, ateus e religiosos, intelectuais e analfabetos, pobres e ricos. O dependente, pelo seu comportamento imprevisível, causa desajustes, angústias, privações e aborrecimentos a todos aqueles que o cercam.
Embora incurável e progressiva, a dependência de amor e sexo pode ser detida em sua marcha. Para isso é necessário que o dependente se abstenha totalmente de padrões de comportamento ativo de dependência de amor e sexo. Quando a doença se manifesta só resta detê-la, pois o portador, mesmo abstêmio durante anos, se praticar um único padrão de comportamento tem grande chance de logo estar praticando tanto ou mais do que antes. Essa abstinência constante pode ser conseguida pela aceitação, voluntária, do Programa de Recuperação de Dependentes de Amor e Sexo Anônimos - D.A.S.A.. Depois de anos de vida em função da dependência de amor e sexo, a pessoa tem que aprender a viver sem ela. Sozinha, sua chance é mínima. Com Dependentes de Amor e Sexo Anônimos - D.A.S.A. esta chance aumenta consideravelmente."
(http://www.dasa.org.br/site/sobre-dasa/46-a-doenca-da-dependencia-de-amor-e-sexo.html)

E como será a visão da ciência sobre o tema? Reconhecendo que vá aumentar (talvez por demais) o tamanho do reply, acosto um trecho relativo à evolução da abordagem científica sobre o alcoolismo, retirada de trabalho encontrado na internet. Confiramos:

 "O conceito de alcoolismo surgiu no século XVIII, logo após a crescente produção e comercialização do álcool destilado, conseqüente à revolução industrial. Nesse momento, destacam-se os seguintes autores: Benjamin Rush, Thomas Trotter (o primeiro a se referirao alcoolismo como "doença”) e o sueco Magnus Huss (1849), o primeiro a introduzir o conceito de "alcoolismo crônico", estado de intoxicação pelo álcool que se apresentava com sintomas físicos, psiquiátricos ou mistos (GIGLIOTTI; BESSA, 2004).
 Em 1976, surge a Síndrome de Dependência do Álcool (SDA), proposta por Grifith Edwards e Milton Gross. A qual é descrita como um transtorno que se constitui ao longo da vida, dependendo da interação de fatores biológicos e culturais, como religião e valor simbólico do álcool em cada comunidade. Sendo uma forma de aprendizado individual e social do modo de se consumir bebidas e nesse processo de aprendizado d usar o álcool, um dos fenômenos mais significativos é a abstinência. Assim, quando a pessoa passa a ingerir a bebida para aliviar esses sintomas é estabelecida à associação que sustenta tanto o desenvolvimento quanto a manutenção da dependência (GIGLIOTTI; BESSA, 2004).
Na segunda metade do século XX, o sistema de classificação foi modificado, devido à necessidade de critérios de maior confiabilidade e validade, então se passa a considerar os problemas com o álcool e outras drogas que não envolviam adicção ou dependência. O nome de Jellinek, com seu clássico trabalho "The Disease Concept of Alcoholism", teve evidência, e exerceu grande influência na evolução do conceito de alcoolismo. A partir disso o alcoolismo passa ser considerado uma doença apenas quando o usuário apresenta tolerância, abstinência e perda do controle. Sendo considerada tolerância a necessidade de doses cada vez maiores de álcool para exercer o mesmo efeito, ou diminuição do efeito do álcool com as doses anteriormente tomadas; e síndrome de abstinência considerada um quadro de desconforto físico e/ou psíquico quando da diminuição ou suspensão do consumo etílico (GIGLIOTTI; BESSA, 2004).
Alcoolismo, segundo Edwards & Gross, Edwards et al. (apud BAU, 2002), pode ser definido como uma síndrome multifatorial, com comprometimento físico, mental e social. A dependência pode ser descrita como a alteração da pessoa em relação a sua forma de beber, na qual, os motivos pelos quais o indivíduo começa a beber, somam-se aos relacionados à dependência. Dessa forma, a dependência torna-se um comportamento que vai muito além da tolerância e abstinência.
 Segundo Edwards e Gross (apud GIGLIOTTI; BESSA 2004) os elementos da Síndrome de Dependência Alcoólica são:
1) Estreitamento do repertório: Inicialmente, o usuário bebe com flexibilidade de horários, quantidade e tipo de bebida. Ao longo do tempo, passa a beber com mais freqüência, até consumir todos os dias, em quantidades cada vez maiores, de maneira compulsiva e incontrolável.
2) Saliência do comportamento de busca do álcool: O indivíduo de passa a priorizar o ato de beber, colocando a bebida acima de qualquer outro valor, como saúde, família e trabalho.
3) Aumento da tolerância ao álcool: Com a evolução da síndrome, há necessidade de doses crescentes de álcool para obter o mesmo efeito obtido anteriormente com doses menores.
4) Sintomas repetidos de abstinência: Quando ocorre diminuição ou interrupção do consumo de álcool, surgem sinais e sintomas de intensidade variável. No início, eles são leves, intermitentes e pouco incapacitantes, mas, nas fases m
ais severas da dependência, podem ocorrer tremor intenso e alucinações.
(...)
5) Alívio ou evitação dos sintomas de abstinência pelo aumento da ingestão da bebida: Este é um sintoma importante e difícil de ser identificado nas fases iniciais da SDA. Evidencia-se na progressão do quadro, com o paciente admitindo que bebe pela manhã para sentir-se melhor.
6) Percepção subjetiva da necessidade de beber: Há uma pressão psicológica para beber e aliviar os sintomas da abstinência.
7) Reinstalação após a abstinência: Mesmo depois de períodos longos de abstinência, se o paciente tiver uma recaída, rapidamente restabelecerá o padrão antigo de dependência."
(https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/15412/000678030.pdf?sequence=1)

Se observarmos os textos colacionados, com a devida honestidade, certamente encontraremos algum paralelo com o vício em pornografia. A compulsão e obsessão, condensadas no descontrole, na ausência de auto-domínio, na insuficiência da força de vontade são constantes quando o assunto é dependência, seja ela química ou comportamental.

Ocorre que, apesar disso, alcoólicos, adictos e demais dependentes encontram uma maneira de se absterem de seus comportamentos compulsivos e obsessivos. Em tese, trata-se de uma contradição. Como a alguém pode ser reputada a total ausência de auto domínio e, ao mesmo tempo, imaginar a possibilidade de que o dependente consiga se abster da prática do vício? Ao meu sentir, aqui reside a divergência entre new e Admin. Trata-se do foco que cada um dá a citada contradição. New foca na impossibilidade de se ter uma relação saudável com o objeto do vício; Admin enfrenta a questão sob o aspecto de que, embora viciados, há o caminho da recuperação através do auto condicionamento e mudanças de hábitos. Para mim, ambos estão certos.

Com efeito, nós, pornólatras, sabemos que a dependência ultrapassa o limite do "exagero". É mais do que isso; é impotência perante o comportamento; é obsessão, pensamento fixo; é ver o vício afetar várias áreas da vida; é afastar-se do que consideramos uma vida normal; é a sensação de que apenas com nossas próprias forças parece impossível afastar-nos da pornografia; é ver e sentir a progressão da doença em nossas vidas (em quantidade, em categorias de pornografia, ou mesmo na distorção da orientação sexual!). Cuida-se de algo que não se resolve depositando todas as nossas fichas na força de vontade. Aliás, a hipofrontalidade é relatada no e-BOOK "Vício em Pornografia - Como Parar" como uma das três categorias de mudanças na estrutura cerebral, consistindo na "inibição de controle executivo e da tomada de decisão" (p. 73). Nesse sentido, new está certo: o vício envolve a incapacidade de gozar de uma relação saudável com o vício, nos termos específicos em que este se apresenta.

Por outro lado, é de se dizer que a recuperação de dependências envolve mais do que a mera abstinência. Em Narcóticos Anônimos e Alcoólicos Anônimos, observa-se a substituição da vida antiga por uma nova maneira de viver. Evitar hábitos, lugares e pessoas da ativa; buscar um Poder Superior; desenvolver uma vida espiritual (não necessariamente religiosa); APRENDER A DIZER NÃO A SEUS DESEJOS, ou seja, se a vontade de usar/beber bater, NÃO USE/BEBA, haja o que houver! É comum ouvir nas reuniões dessas irmandades que a palavra que o adicto/alcoólico em recuperação mais tem de dizer é: NÃO!; ou que a renúncia (naturalmente, aos meus desejos) é elemento absolutamente fundamental para a recuperação, sem a qual é impossível manter-se limpo/sóbrio. Por este prisma, Admin está correto.

É incrível como tal contradição se revela verdadeira. Somos viciados e, na acepção do termo, seja médica (hipofrontalidade) ou terapêutica (impotentes perante o vício), incapazes de nos governar sozinhos; e, concomitantemente, conseguimos não usar ao praticarmos as ferramentas adequadas! Isso é MUITO louco...

Resumindo numa frase: a recuperação/reboot consiste, SIM, numa mudança profunda de hábitos e valores, e, por outro lado, essa profunda mudança exige o afastamento do objeto do vício. Isto é, se a mudança profunda não avançar a ponto de extirpar o objeto do vício, não será profunda o suficiente para superar o vício.

Por fim, ainda levantaria uma outra questão. As dependências - e os respectivos tratamentos - são distintos. Há aquelas em que a total abstinência é o único caminho para a recuperação; outras, no entanto, consideram que a recuperação é encontrar uma maneira de afastar o tipo de relação doente com o objeto de desejo e não o objeto em si.

No caso do drogadicto, a recuperação consiste justamente em abster-se totalmente de todas as drogas. Para servir de parâmetro, observemos o que diz o Texto Básico (Livro Azul) de Narcóticos Anônimos:

  "A única maneira de não voltar à adicção ativa é não usar aquela primeira droga. Se você é como nós, sabe que uma é demais e mil não bastam. Colocamos grande ênfase nisto, pois sabemos que, quando usamos qualquer droga, ou substituímos uma por outra, liberamos nossa adicção novamente.
   Pensar que o álcool é diferente das outras drogas fez muitos adictos recaírem. Antes de chegar a NA, muitos de nós encaravam o álcool separadamente. Não podemos nos enganar. O álcool é uma droga. Sofremos de uma doença chamada adicção e temos que nos abster de todas as drogas para podermos nos recuperar.
   Estas são algumas perguntas que nós nos fizemos: Temos certeza que queremos parar de usar? Compreendemos que não temos nenhum controle real sobre as drogas? Reconhecemos que não usávamos as drogas - elas nos usavam? (...) Aceitamos completamente o fracasso em todas as nossas tentativas de parar de usar ou de usar controladamente? Sabemos que a adicção nos transformou no que não queríamos ser: pessoas desonestas, falsas, teimosas, inadequadas conosco e com nossos semelhantes? Acreditamos realmente que fracassamos como usuários de drogas?
(...)
Quando admitimos nossa impotência e inabilidade para dirigir nossas próprias vidas,, abrimos a porta da recuperação. Ninguém conseguia nos convencer de que éramos adictos. Nós mesmos temos que admiti-lo. Quando algum de nós fica em dúvida, ele se pergunta: 'Posso controlar o uso de substâncias químicas que alterem de alguma forma minha mente ou meu humor?'
   A maioria dos adictos perceberá imediatamente que é impossível controlar. Seja qual for o resultado, descobrimos que não podemos usar controladamente por qualquer período de tempo.
   Isto claramente sugeriria que um adicto não tem controle sobre as drogas. Impotência significa nos drogarmos contra a nossa vontade. Se não conseguimos parar, como podemos nos iludir dizendo que controlamos? Quando dizemos que 'não temos escolha', mostramos a incapacidade de parar de usar, mesmo com a maior força de vontade e o desejo mais sincero. No entanto, nós temos uma escolha quando paramos de tentar justificar nosso uso."

De outro lado, no que tange ao vício em comportamentos, à exemplo da comida, busca-se uma maneira saudável de me relacionar com a comida. Nesse caso, a intenção é abster-se do comer compulsivo, um dia de cada vez. Afastam-se os hábitos compulsivos - e aqui não tenho como dizer mais a fundo como isso é feito, eis que nunca presenciei uma reunião de CCA. No ponto, acho importante relatar que os Comedores Compulsivos Anônimos tem uma literatura chamada "Abstinência" (não consegui baixá-la). Portanto, é um conceito utilizado para quem quer se recuperar da comida compulsiva. Em relação ao D.A.S.A (Dependentes de Amor e Sexo Anônimos), naturalmente os membros não se propõem à abstinência generalizada. Entretanto, sugere-se a absoluta abstenção da masturbação (sim!!!), o relacionamento sexual com pessoas com as quais se esteja emocionalmente envolvido, etc (indico o filme "Terapia do Sexo", para os que se sintam à vontade de ver cenas levemente sensuais, tratando-se de um filme de comédia). De certa forma, há sim uma abstinência a ser praticada.

E em qual caso a pornolatria se enquadra? Por se cuidar de um vício cuja recuperação é incipiente, ninguém sabe ao certo. Ao que tudo indica - e é no que acredito -, aproxima-se do vício em drogas, de forma que não há maneira saudável de se relacionar com ela. Nada obstante, tal conhecimento ainda está sendo construído, inclusive por nós, pornólatras em recuperação. A EXPERIÊNCIA PRÁTICA DE CADA UM DE NÓS SERVIRÁ PARA QUE CHEGUEMOS A UMA CONCLUSÃO MAIS EXATA SOBRE A REFERIDA INDAGAÇÃO.

Outra questão que quero pontuar se refere ao texto do Admin que iniciou o post. Afinal, o vício se restringe à pornografia ou é apenas a manifestação de um problema mais profundo?

Peço licença para destacar alguns excertos extraídos das literaturas das irmandades de 12 passos que parecem responder à questão:

  "Nossa incapacidade de controlar o uso de drogas é um sintoma da doença da adicção. Não somos apenas impotentes perante as drogas, mas também perante a adicção. Precisamos admiti-lo para nos recuperarmos. A adicção é uma doença física, mental e espiritual que afeta todas as áreas de nossas vidas.
  O aspecto físico da nossa doença é o uso compulsivo de drogas: a incapacidade de parar uma vez que tenhamos começado. O aspecto mental é a obsessão ou o desejo incontrolável que nos leva a usar, mesmo destruindo nossas vidas. A parte espiritual da doença é o egocentrismo. Pensávamos que podíamos parar quando quiséssemos, apesar de todas as evidências em contrário. Negação, substituição, racionalização, justificação, desconfiança dos outros, culpa, verfonha, desleixo, degradação, isolamento e perda de controle são alguns resultados da nossa doença. Nossa doença é progressiva, incurável e fatal. Para a maioria de nós, é um alívio descobrir que temos uma doença, e não uma deficiência moral.
(...)
  Reconhecemos a necessidade de mudar. A nossa doença envolveu muito mais do que apenas o uso de drogas, portanto a nossa recuperação tem de envolver muito mais do que a simples abstinência. Recuperação é uma mudança ativa nas nossas ideias e atitudes."
– Texto Básico (Livro Azul) de Narcóticos Anônimos.

“(...) Trabalhar os passos com um padrinho, ou uma madrinha, pode nos ajudar a enfrentar as maneiras que a adicção se manifesta em nossas vidas, mesmo quando não estivermos mais usando drogas. Obsessão e compulsão podem afetar a forma como lidamos com sexo, comida, dinheiro, relacionamento, vídeo-game, a internet e muitas outras áreas. A adicção pode distorcer qualquer comportamento ou sentimento de modo a serum substituto para o uso de drogas.”
– De jovens adictos para jovens adictos.

“CCA NÃO É UM CLUBE DE DIETA.
   Muitas pessoas chegam a CCA esperando dietas, controle de peso e palestras sobre alimentação e peso. Para sua surpresa (e frequentemente seu alíveio), percebem que CCA não oferece nada disso.
POR QUE?
   Porque comida e peso são apenas sintomas de nosso problema. Usamos a comida como o alcoólatra usa o álcool e o viciado em drogas usa a droga. Embora uma dieta possa ajudar-nos a perder peso, frequentemente intensifica a compulsão por comer demais.
(...)
O QUE CCA OFERECE?
(...)
   Nós, de CCA, acreditamos que temos uma doença em três níveis – físico, emocional e espiritual. Dezenas de milhares de nós descobrimos que o programa de Doze Passos oferecido por Comedores Compulsivos Anônimos produz recuperação nos três níveis.
   Os Doze Passos englobam um conjunto de princípios, os quais, quando seguidos, promovem a mudança interior. Os padrinhos nos ajudam a compreender e aplicar esses princípios. À medida que antigas atitudes são descartadas, frequentemente descobrimos que não há mais necessidade de excesso de comida.”
– CCA NÃO É UM CLUBE DE DIETA.

Como se vê, parece que o vício realmente é maior do que o comportamento em si.

No tocante ao tratamento de vários vícios (comportamentos compulsivos E OBSESSIVOS), já pude expor meu posicionamento noutro post. Eu já desenvolvi vícios em outras áreas da vida. Conquanto a pornolatria tenha se tornado um problema a ser tratado, eu elegi o vício em determinadas substâncias mais danoso do que aquela. Se, numa crise de abstinência, eu precisar me masturbar para evitar uma recaída iminente, eu o farei. E assim ajo em relação ao vício em pornografia. A princípio, estou de dieta também. Mas se sentir que, na busca por dopamina, as fontes "saudáveis" de prazer não estiverem disponíveis a mim, desconto tranquilamente na comida. Melhor comer demais hoje e correr amanhã do que regredir no processo de reboot. É assim que penso.

Ao fim, quero me desculpar pela extensão do meu relato, pelas excessivas transcrições. Apenas tentei trazer a vocês, companheiros de jornada, o conhecimento que tem me ajudado a seguir em frente. Humildemente, me submeto aos comentários de vocês, para que, juntos, possamos encontrar um caminho para a recuperação da pornolatria.

Forte abraço!

"Tudo estará bem enquanto os laços que nos unem forem mais fortes do que aqueles que nos afastariam." - Autor desconhecido
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Mensagem  projeto renascimento Seg Nov 03, 2014 9:51 am

Eu tenho várias compulsões além da PMO, mas elas são controláveis, PMO não!

Quando eu era pequeno criava bolhas nos dedos de tanto video-game. Atualmente nem curto tanto games, mas as vezes passo o dia todo na internet ou vendo seriados. Eu sou um homem naturalmente compulsivo.

Mas existem vários tipos de compulsão. A compulsão em internet ou videogames, não é como o vicio em cocaína, álcool ou PMO. São coisas completamente diferentes (se tratando de intensidade). O vicio em PMO é muito mais forte que o vicio em games. O vicio em cocaína é milhares de vezes mais potente que o vicio em facebook. Se um cara fica longe do videogame não se contorce
de abstinência, só fica muito entediado.

Dito isto, eu posso afirmar que não dá pra conviver pacificamente com certas compulsões. Você pode beber vinho socialmente enquanto não for viciado, quando o habito se torna vicio não existe mais socialmente, não existe auto-controle, você só quer mais e mais álcool. Convive com os hábitos quem não é viciado.

O cara pode conviver bem com PMO enquanto não for viciado, uma vez que se torne viciado a única saída é a abstinência. Depois que se inicia o processo de vicio é uma utopia querer continuar com o hábito. E uma vez viciado, será assim até a morte.

É por isso que existem pessoas obesas que precisam operar o estomago pra emagrecer, não conseguem fazer dieta de forma alguma, precisam diminuir o estomago pra não aguentar comer muito, ou seja, são fisicamente forçadas a controlar o vicio.

Compulsão não é a mesmo que vicio, mas compulsão pode se tornar vicio.

A única forma de viver bem com hábitos capazes de viciar, é não se viciando. E isso não escolhemos.

Pode um ex alcoólatra beber socialmente? Veja bem, ele já é viciado. É preciso um autocontrole desumano pra conseguir beber apenas socialmente. Aí suponhamos que a pessoa consiga esse controle, quanto tempo vai demorar pra ele voltar a se acabar na bebida? Mesma coisa com PMO. O cara ja foi viciado e agora se masturba uma vez a cada duas semanas, nada garante que ele não vá ter uma farra de punheta a qualquer momento.

Basta um sopro pra espalhar o fogo por todo o celeiro.
É a ação da dopamina, não temos o controle total sobre certas vontades.

É muito mais fácil conviver com um vicio em games que um vicio em PMO, o cérebro responde a esses estímulos com intensidades diferentes, você enjoa de games, mas não de PMO. É claro que isso varia de individuo para individuo.

Cada um é cada um. Mas o que quero dizer é que há compulsões que são muito mais poderosas. A cocaína se apossa do seu cérebro de forma muito mais intensa que jogos, logo é mais fácil se viciar em cocaína. Você pode jogar games de vez em quando, mas não dá pra cheirar de vez em quando e tentar se manter sempre controlado.

Vamos falar do vicio em sexo agora.
Pra começar
Viciar-se em porno/masturbação é mil vezes mais fácil que se viciar em sexo real, por que?

- No PMO você não depende de outro
- Você faz a hora que quer
- O estimulo visual é extremamente poderoso
- Existe enorme variedade de cenas e fetiches
- Não existe ligação emocional com a tela do computador

A não ser que você tenha acesso a muitas mulheres, grande variedade de fetiches, acesso a orgias e coisas do gênero, você não vai se viciar em sexo real.

No PMO mesmo que seu pênis não esteja completamente ereto você é capaz de continuar se masturbando e sentindo prazer, na vida real você não vai conseguir penetrar a mulher se estiver com ereção meia bomba, a própria natureza já previne o vicio em sexo real, quando você goza ele amolece, aí só depois de um tempo que a ereção volta. Com PMO você pode continuar se masturbando e clicando para trocar os videos pornos, assim você consegue renovar sua ereção com novas cenas, na vida real seria preciso trocar de parceira pra renovar a ereção com tanta rapidez. Isso dificulta o vicio em sexo real.

Portanto eu acho que o vicio em sexo real está mais ligado a fantasia do que ao sexo em si. Acho que pra alguém se viciar em sexo real ou precisa de muita variedade sexual, ou... Fantasiar muito enquanto transa e isto é o mesmo que se masturbar
Então tratar-se de um vicio em sexo não requer abstinência total do sexo, mas sim mudar as formas de fazer sexo. O que pode ser muito difícil, mas não impossível. Da mesma forma, um viciado em comida não vai deixar de comer, mas vai mudar a forma de comer, vai se alimentar com mais frutas e saladas.

Disso tudo posso concluir que um viciado não é capaz de ter auto controle a longo prazo sobre o objeto do seu vicio. E que nem todas as compulsões possuem a mesma intensidade, mas todas devem ser controladas antes de se tornarem vicio!

Auto conhecimento é a chave do equilíbrio. Precisamos sempre nos policiar em relação a qualquer tipo de excesso, meio obvio mas difícil por em prática.

Os exercícios mentais que mojo99 citou podem ser muito uteis a todos nós, precisamos praticar nossa força de vontade e sair da zona de conforto. porém não acho que devemos deixar o pudim de chocolate na frente do gordinho achando que ele é capaz de se controlar e vai comer só um pouquinho... Mas se botarmos salada ele pode comer a vontade por que não vicia que nem açúcar e nem faz mal.

Você não precisa deixar de fazer as coisas, é a forma como as faz que muda tudo.
Não podemos achar que é possível conviver bem com porno e masturbação (açúcar). Basta trocar pela alternativa saudável que é o sexo sem fantasiar (salada).

PMO é o fast food do sexo.
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Mensagem  VOUVENCER Seg Nov 03, 2014 6:08 pm

Fala irmão, tranquilo? Cara, vou ser sucinto, pois meu tempo tá escasso. Acho que a pornografia não é normal, nem a masturbação. Ao invés dos dois, faça sexo todos os dias! Isso sim é normal, e mais do que saudável. Nosso hábito é doentio, e é totalmente egoísta. Acabamos , na maioria das vezes, nos culpando e sentindo um lixo. Transar, não, o sexo revigora e nos permite conectar à garota. Ele nos aproxima da realidade e nos traz felicidade.

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Mensagem  joelhuay Qua Jan 21, 2015 1:56 pm

Admin concordo com você !
Vejo que também tenho essa mesma tendencia a ser compulsivo em outras coisas além de PMO.
Venho percebendo nos últimos tempos que também estou com uma compulsão absurda em comer tudo que tenha chocolate.Acho que não me lembro quando foi que passei mais de 2 dias sem comer nada que não tenha chocolate.Assim como o PMO eu sei que isso não é bom pra mim mais eu faço mesmo assim,e isso vira um ciclo.
Já com bebida por exemplo eu só bebo socialmente e mesmo assim não é com tanta frequência,por exemplo quando vou para uma festa na minha moto,mesmo com vontade de beber não bebo por que sei que se for pego na lei seca vou se fuder ! e tb por que sei que não é nada seguro para mim beber e dirigir.
Mesmo morrendo de vontade com os amigos falando bebe só um pouco eu em pelo menos 90% consigo resistir e quando bebo é sempre muito pouco,tão pouco que não chega a ser nem uma lata de cerveja.

O que acontece comigo é que ao longo do tempo eu só venho criando compulsão por hábitos lixos do que por hábitos bons.Tudo que eu quero é ter compulsão em ser um homem de ação que vai atrás do que quer e que sempre consegue ter orgulho de se próprio,é essa a compulsão que quero ter.

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