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Apresentação, relato (longo), e pedido de ajuda

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Mensagem  Anonimo, 40, RJ Qui Set 10, 2015 3:51 pm

Boa tarde, faz apenas 3 dias que entendi a origem de imensa parte dos meus problemas e resolvi procurar ajuda.

Pesquisando, acabei encontrando bom material informativo (PROAD, IMITI), uma palestra muito boa (TED) e acabei chegando ao fórum, onde me identifiquei com diversos casos e finalmente caiu uma ficha dentro de mim.

No entanto, como estou na faixa dos 40 e tenho esposa há muuuito tempo, meu caso tem algumas particularidades diferentes da maioria dos casos que li, por isso peço ajuda de alguém que esteja em um processo mais avançado de recuperação, e que possa me auxiliar nessa minha jornada que se inicia.

Minha situação é a seguinte:

Com a mesma mulher, entre crises, pequenas separações e retornos, há 20 anos. Morando junto há uns 10, com filhos e tal. Tesão absurdo na mulher, sexo (era) maravilhoso, frequência praticamente diária, no entanto, a coisa desandou, conforme vou tentar explicar.

A masturbação sempre foi algo muito frequente em minha vida desde os 12 anos, algo realmente forte, mas os estímulos eram muito menores, a época era outra, era tentar assistir um pedacinho do "Sala Especial" que passava tarde da noite na Record, ou achar alguma playboy perdida de algum primo mais velho. Isso já era o máximo.

Mas tocava a vida normalmente tanto na adolescência, quanto na fase adulta, trabalhando, estudando, tocando um monte de projetos, tendo planos, etc. Sexualidade sempre a mil, noites inteiras de sexo, coisa de quando novo dar 7, 8, numa noite, se achar o máximo. Mas, como disse, tocava o resto da vida. Eu tinha o potencial para a compulsão, mas como a vida estava boa, era apenas um potencial.

Ocorre, que em determinados momentos, seja por pressão no trabalho, crise na relação, etc., comecei a ficar meio depressivo, com algumas crises mais graves em alguns momentos. Cheguei a tentar alguns antidepressivos, não por muito tempo, não fazia muito efeito, trocava, mesma coisa... e acaba desistindo desse tipo de tratamento.

Mas o que eu nunca deixei de fazer toda vez que me sentia mal ou depressivo ? Masturbar-me.

Estava ali, a mão, um barato fortíssimo (a sobrevivência da nossa espécie depende disso, a evolução não iria deixar por menos), então eu aliviava meu sofrimento me masturbando. Milhares de vídeos de todo tipo ali para garantirem uma rápida excitação. Eu costumava pensar que

"Para cada atriz da Globo ou supermodelo, existe uma pornstar similar ou mais bonita, E QUE FAZ DE TUDO.".

Era a disneylandia pra adulto que eu precisava. Era o meu remédio.

OCORRE QUE O QUE ERA UM ALÍVIO PARA UM PROBLEMA TALVEZ NÃO TÃO GRAVE, SE TORNOU O MEU MAIOR PROBLEMA. E EU NÃO PERCEBI.

Lendo os relatos percebo que passei por situações comuns a muitos, de ir buscando vídeos cada vez mais fortes para conseguir gozar, por exemplo. Eu dificilmente conseguia gozar com o mesmo vídeo, então tinha uma infinidade deles gravadas, assistia avançando para chegar nas partes mais fortes, saia de um vídeo para ver outro, voltava, ficava extremamente ansioso se percebia que estavam acabando os meus vídeos inéditos e eu ali no desespero pra finalizar e nada. Coisa de ficar ofegante pra gozar até "meia bomba", ou de tomar viagra pra se masturbar, etc.

Como não poderia ser diferente, isso fritou meu cérebro, perdi completamente o tesão em fazer qualquer outra coisa não relacionada ao sexo.

Mas eu não enxergava, achava que era uma depressão, me fechei socialmente, me isolei de amigos, família, e continuava me consolando em disparar descargas de dopamina no meu cérebro de hora em hora.

E se você perde a motivação para sair de casa para fazer coisas que antes eram prazeirosas para você, o que dizer de trabalho, responsabilidades,  etc. ?

Ou seja, fodeu minha vida, continuo tendo um tesão incrível na minha mulher *, não tive problemas de disfunção erétil por conta de não conseguir ter tesão nela, mas a pressão por sexo acabou tirando a naturalidade da coisa. Eu tenho necessidade que ela se expresse, que não seja apenas passiva (não digo no sexo, mas no pré-sexo, demonstrar que quer fazer, que precisa também, que tem necessidade, enfim acho que tinha uma desesperada necessidade de ver minha compulsão espelhada nela de alguma forma, para me sentir normal), mas minha insistencia constante por sexo não deixa espaço pra isso, eu me frustro, trato-a mal, a crise se instalou  e a bola de neve está colina abaixo.

* De acordo com a palestra que citei, parece que caras mais velhos, devido a não terem iniciado sua vida sexual com os infinitos estímulos da atual pornografia da banda larga, tem menos problemas de DE com mulheres reais e mais facilidade de recuperação nesse sentido após reabilitação.)

Então, é essa a particularidade do meu caso, um cara mais velho, com uma compulsão em nível alto, mas com parceira fixa, que não entrou em crise no casamento por perder o tesão na mulher, mas por querer meio que ela acompanhasse a minha compulsão..  Como agir ?

Estou há 3 dias sem ver pornografia e não sei se meu cérebro está me enganando, mas isso estou controlando tranquilamente. Quer dizer, mais ou menos, não tenho o impulso de assistir pornografia, mas também NÃO TENHO IMPULSO PRA MAIS NADA.

É como se meu cérebro dissesse "ou você se masturba ou nada vai sair do lugar". Um tesão estranho, um tesão misturado com uma paumolescencia, dor de cabeça, insônia, é como se eu sentisse que preciso gozar, mas o corpo não responde direito.

Nesses 3 dias, transei com minha mulher uma vez a cada noite e me masturbei sem pornografia após uma dessas transas. Não vi pornografia ou me masturbei além do que já disse, no entanto, não consegui fazer mais nada.

Minha dúvida é se pelo conhecimento de vocês, que estão em estágio de recuperação mais avançado ou que simplesmente ja passaram por reabilitação tendo parceira fixa, se é possível eu reprogramar meu cérebro, eliminando de cara toda a pornografia, eliminando significativamente a masturbação até conseguir ter o controle sobre o impulso, mas mantendo relações com minha mulher.

Valeu, só de escrever foi de grande ajuda. E desculpem o tamanho do texto.

Anonimo, 40, RJ

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Mensagem  Leandro-sp Qua Set 23, 2015 12:39 pm

interessante o seu relato...
percebe-se claramente por ele a grande importância que masturbação e PMO ganharam na sua vida.
Tenho certeza que quando vc concluir o reboot, vc vai voltar aqui pra nos contar de muitas outras coisas que passaram a ser importantes pra vc, que vc só não percebia por causa do PMO.
Eu não tenho experiência para te aconselhar. Mas desejo força! Uma nova etapa está para começar.
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Mensagem  flavio Sáb Set 26, 2015 7:28 am

Amigo Anônimo, tenho algumas características contigo: 41 anos, casado, única parceira, e viciado em PMO. Nesta minha decisão de parar e rebotar, minha vida tem melhorado (apesar das minhas quedas). Já tive essa sensação de se não masturbar não começo nada, ou "tocar uma" para relaxar, ou por que a esposa não queria sexo naquele dia, ou para tentar fugir de uma possível traição (olho em outras mulheres). São argumentos que nosso cérebro (o lado mau) para a gente cair. Não acredite nisso.
Com relação ao sexo com a esposa, quando fico muitos dias sem PMO, ele melhora mesmo - o desejo e a ereção.
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Mensagem  JhowCEC Qua Out 14, 2015 2:34 pm

Anonimo, 40, RJ escreveu:Então, é essa a particularidade do meu caso, um cara mais velho, com uma compulsão em nível alto, mas com parceira fixa, que não entrou em crise no casamento por perder o tesão na mulher, mas por querer meio que ela acompanhasse a minha compulsão..  Como agir ?

Cara, eu praticamente li o meu relato, porém sem estar casado e 13 anos mais novo.
A parte de exigir da parceira demais, exatamente o que aconteceu comigo. Adoro o corpo dela todo, mas sempre pedi que ela fosse uma superstar pornô. Passamos os finais de semana juntos, mas domingo ela volta pra casa e eu sempre me acabava na punheta. Foi uma luta essa semana sem ela e sem PMO, chegou na quinta meu pico de Testosterona chegou no espaço, fiquei maluco por sexo. Fui correndo pra casa dela e o sexo foi maravilhoso, coisa de primeira vez (me preocupei em cuidar bem da preliminar, com muito carinho e amor).

Sou mais novo que você, mas olhando pra mim mesmo posso tentar te dar três dicas, 1) é praticar uma atividade de alta intensidade física que vai diminuir seu ostracismo drasticamente e melhorar sua saúde, 2) suplementar com Ômega 3 (DHA, pelo menos 250mg por dia) para recuperar neurônios destruídos pelo vício e 3) conversar com sua parceira MUITO, tentar manter alguns dias sem sexo (de 5 a 6 dias) e principalmente, sem PMO durante os 90 dias.

Com tudo isso seu tesão e vontade de viver bem vão aumentar MUITO. Pelo menos comigo está sendo assim.
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